Sirlei foi covardemente agredida em um ponto de ônibus por jovens de classe média alta (Edição: Pragmatismo Político) |
Os
cinco jovens de classe média alta que espancaram a empregada doméstica Sirlei
de Carvalho em um ponto de ônibus terão de indenizá-la em R$ 500 mil
A
3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio condenou os cinco jovens de
classe média alta que agrediram a empregada doméstica Sirlei Dias de Carvalho
Pinto, em um ponto de ônibus, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, em junho
de 2007. Eles vão ter que indenizá-la em R$ 500 mil por danos morais e
materiais decorrentes da agressão.
A
doméstica foi atacada e roubada por Fellipe de Macedo Nery Neto, Rodrigo dos
Santos Bassalo da Silva, Rubens Pereira Arruda Bruno, Julio Junqueira Ferreira
e Leonardo Pereira de Andrade, enquanto esperava o ônibus. Em juízo, os
agressores disseram que confundiram a doméstica com uma prostituta. A
indenização soma R$ 500 mil e cada réu vai pagar R$ 100 mil para a vítima.
“A
Justiça é bem lenta. Foram quatro anos para o processo ser visto e agora deve
demorar mais uns quatro anos ainda para eu receber essa indenização, já que
eles podem recorrer. Mas o importante é que a Justiça não parou e não cruzou os
braços. Embora demore, não é só o meu caso que se arrasta. Estou satisfeita
porque as pessoas diziam que isso não ia dar em nada e deu. O que eu queria
mesmo é que eles tivessem aprendido alguma coisa com tudo que aconteceu”,
afirmou Sirlei.
Depois
de agredi-la com chutes, os jovens fugiram levando a bolsa da vítima, com
telefone celular, documentos, carteira e R$ 47. Ela conseguiu entrar correndo
no prédio em que trabalhava. Um motorista de táxi que testemunhou o crime
anotou a placa do carro dos agressores e avisou ao segurança do edifício onde
ela havia entrado.
Sirlei
havia saído cedo da casa da patroa para ir ao médico. Segundo Sirlei, o gol
preto com cinco ocupantes parou a cerca de 100 metros do ponto. Ela disse que
achou que os rapazes fossem entrar no prédio em frente, mas eles vieram na
direção dela, arrancaram a bolsa e começaram a sessão de espancamento. Por meio
da placa do carro, todos foram presos e acabaram confessando o crime.
com
Diário de Pernambuco
fonte:
pragmatismopolitico
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