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Grupo Vítimas Unidas: Um exército liderado por Vana Lopes a serviço do bem!


Conhecemos a Vana Lopes por acaso, através das redes sociais e de logo nos encantamos com a sua garra e coragem. Encontrar mulheres guerreiras não é tão fácil, principalmente quando as mesmas já passaram por tantas provações e por tantas dores, como foi o caso dessa mulher de fibra. Decidimos caminhar ao lado da mesma quando o Grupo Vítima Unidas, hoje com pouco mais de 70.500 membros ainda estava começando a todo vapor e com aquela gana de ajudar o maior número de vítimas possíveis de abusos sexuais, de maus tratos, de violência doméstica e de todo o tipo de violência que se prática todos os dias neste país contra as mulheres. De logo, o grupo cresceu e se transformou no que é hoje: uma referência nas redes sociais para todas aquelas vítimas ou não, que antes não tinham espaço para desaguar as suas dores, não tinham quase nenhum espaço para lutar contra seus algozes. Somos suspeitos para falarmos da Vana Lopes, perdoem a falta de isenção da nossa parte ao falar dessa guerreira, temos a mesma como nossa irmã, companheira de lutas. Esta matéria não é para fazer propaganda da Vana, longe disso, o propósito aqui é enaltecer esse grande trabalho social e, ao mesmo tempo, estimular mais vítimas a denunciarem seus algozes, é estimular mais voluntários para essa causa nobre que nos enche de orgulho e esperança de dias melhores. Agora mesmo a Vana está empenhada em denunciar maus tratos de animais, mais uma batalha feroz e que certamente sairá vitoriosa. De todas as matérias que já foram publicadas a respeito da Vana, cremos que a que mais retratou a sua saga foi a publicada pela Veja, a qual reproduzimos agora na íntegra:

DETERMINAÇÃO – Vana Lopes: estupro, tentativa de suicídio e investigação pessoal que levou à prisão do médico foragido(Luiz Maximiano/VEJA)
Vana Lopes, a mulher que foi vítima e algoz de Roger Abdelmassih

O impressionante relato da mulher que ajudou a capturar o médico que estuprava suas pacientes

Na tarde de 20 de agosto de 2014, o ex-médico Roger Abdelmassih se assustou com a recepção que o aguardava no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Ele fora capturado pela Polícia Federal na véspera, depois de três anos foragido, no Paraguai. Conduzido algemado por policiais, ouviu uma multidão chamá-lo de "monstro estuprador". A cada grito, a cada xingamento, arregalava os olhos. O outrora "médico das estrelas", o "doutor vida", era apresentado ao seu novo status social. Diante de repórteres e câmeras de televisão, o criminoso ficou cara a cara com uma de suas vítimas: "Bem-­vindo ao inferno! Fui eu, Vana Lopes, quem te procurou estes anos todos! Você não sai mais daqui!". Terminava ali, nesse acerto de contas pessoal, uma busca incansável por justiça que começara duas décadas antes. Uma história impressionante em que a vítima, depois de superar um trauma violento e uma tentativa de suicídio, descobriu o paradeiro de seu carrasco e o entregou às autoridades. A estilista Vanuzia Lopes tinha 33 anos quando decidiu recorrer aos serviços prestados pela renomada clínica de Abdelmassih. Na época, Vana, como é conhecida, administrava duas empresas, viajava o mundo atrás de novas tendências da moda e morava com o marido numa cobertura confortável. Bem-sucedida nas searas profissional e pessoal, ela decidira que era chegada a hora de ter um filho biológico. O marido concordou, e o casal bateu à porta do especialista que atendia famosos e era considerado uma referência nacional em reprodução assistida. Na clínica, o sonho da gravidez se transformou em pesadelo. Vana foi estuprada e, a partir desse crime, sua vida desmoronou. "Eu acordei e ele estava em cima de mim." Violentada enquanto estava sob o efeito de sedativos, ela contraiu uma bactéria que lhe causou uma grave infecção, provocou a perda de vários órgãos e acabou de vez com as chances de ela ser mãe. Entrou em depressão e tentou se matar. Salva por amigos, decidiu reagir e se vingar do médico. Foi quando se lançou numa caçada sem trégua para encontrar Abdelmassih e levá-lo às barras da Justiça.

Essa saga quixotesca - e de superação - está contada em Bem-vindo ao Inferno - A História de Vana Lopes. A Vítima que Caçou o Médico Estuprador Roger Abdelmassih (Matrix Editora; 424 páginas; 49,90 reais; e-book, 34,90 reais), que será lançado nesta semana. O livro tem prefácio assinado pelo juiz federal Sergio Moro, que comanda as investigações da Operação Lava-Jato, e pela mulher dele, Rosangela. Responsável por desbaratar a quadrilha que roubou pelo menos 6 bilhões de reais da Petrobras, Moro se admirou com a capacidade investigativa da estilista: "Fazer justiça com as próprias mãos é a clássica metáfora de irresignação à lei. Vana é a mãe espiritual de uma nova prática. Trata-se, agora, de fazer justiça com o próprio mouse, em que a cidadania conectada é a maior arma da Justiça vigente: as redes sociais responsivas e responsáveis". Reconstituída pelos jornalistas Cláudio Tognolli e Malu Magalhães a partir de documentos e mais de 300 horas de gravações, a ofensiva deflagrada por Vana para punir Abdelmassih é um daqueles casos clássicos em que uma vitória pessoal se reverte num benefício para a sociedade. Vana não apenas superou um trauma. Ela vingou outras mulheres que tiveram o sonho da maternidade manchado por um "monstro estuprador" considerado insuspeito durante décadas. Não foi uma jornada fácil.

Abdelmassih ao ser preso: o médico das estrelas se escondeu no Paraguai antes de ser capturado(Jefferson Bernardes/Ag. Preview/VEJA)
Mas Vana não parou por aí, produziu um livro contando toda a sua saga, o seu sofrimento causado pelo seu algoz e utiliza a renda deste livro para ajudar vítimas de violência:


Descrição do Livro:

Vana Lopes foi uma das vítimas do médico estuprador Roger Abdelmassih. Sua busca por justiça começou em 1993, e passou por diversos percalços e incidentes estranhos, como um boletim de ocorrência desaparecido da delegacia. A luta para localizar Abdelmassih, após ele ganhar um habeas corpus do STF e fugir do país, é um dos maiores exemplos de determinação e coragem que o Brasil já viu. Enquanto a polícia não conseguia pistas, Vana soube utilizar com maestria e criatividade as redes sociais e a mídia, para se transformar em uma catalisadora de informantes e juntar documentos – entre movimentações financeiras e viagens – que conduziram a polícia à capturado criminoso.

Adquira esse livro e ajude a Vana Lopes a continuar com os seus projetos sociais:

Editora MATRIX
http://www.matrixeditora.com.br/produtos/bem-vindo-ao-inferno/

E nas livrarias

Por: Elder Pereira & Fátima Miranda

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