O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) dá entrevista no Senado |
O
senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) criticou nesta quarta (20) em
Washington a decisão da presidente Dilma Rousseff de usar sua viagem a Nova
York para se defender do processo de impeachment.
Segunda
a Folha apurou, a presidente espera obter apoio internacional e pretende fazer um discurso duro contra o impeachment na cerimônia de assinatura do Pacto de
Paris, na ONU (Organização das Nações Unidas), na próxima sexta (22).
"É
um desserviço que ela presta ao país, querendo se vitimizar e apresentando uma
visão falsa da realidade institucional brasileira. Quem comete crimes tem que
ser punido de acordo com as normas e procedimentos previstos na lei. O
presidente que comete crime de responsabilidade tem que arcar com as
consequências e a penalidade é a perda do mandato", disse o presidente da
Comissão de Relações Exteriores do Senado.
"Só
espero que ela não faça dessa visita uma plataforma para a campanha que está
fazendo e que é muito nociva ao pais, de que há um golpe em marcha".
Para
ele, a ofensiva internacional de relações públicas não vai surtir efeito porque
Dilma vai permanecer na presidência "por muito pouco tempo, e todos sabem
disso".
Ele
afirmou que a ação de Dilma difunde uma imagem negativa aos investidores, de
que o Brasil é uma "república de bananas".
O
senador chegou à capital dos EUA na segunda (18) para uma série de encontros
com autoridades americanas –entre elas, membros do Congresso e Thomas Shannon,
ex-embaixador dos EUA no Brasil e atualmente subsecretário de Assuntos
Políticos do Departamento de Estado.
Segundo
Nunes Ferreira, todos estavam interessados em saber mais sobre os procedimentos
do processo de impeachment.
A
posição dos EUA, afirmou o senador, é de reconhecimento de que as instituições
brasileiras estão funcionando e de compromisso com a não interferência nos
assuntos domésticos do país. Shannon observou, segundo o senador, "que
está sendo observada a Constituição e que o Brasil tem todas as condições de
resolver essas crises rapidamente".
GOVERNO
TEMER
Sobre
um eventual governo de Michel Temer, o senador disse ser "natural"
que o PSDB participe de seu ministério se forem atendidas as condições do
partido, mas afirmou que não estão ainda negociando cargos.
"Nós
fomos protagonistas do impeachment", disse. "Não podemos simplesmente
dizer 'tiramos a presidente, agora cruzamos os braços'. Não tem
cabimento".
Sobre
o fato de que muitos políticos que apoiam o impeachment serem alvo de
investigações e ele próprio ter sido citado numa delação premiada por suposto
financiamento ilícito de campanha, Nunes Ferreira disse que "quem for
acusado tem que responder por ser seus atos".
No
ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou a abertura de inquérito
contra o senador com base na delação premiada do empresário Ricardo Pessoa,
dono da construtora UTC, de que Nunes Ferreira teria recebido R$ 200 mil em
caixa dois para sua campanha ao Senado.
Segundo
ele, posteriormente o empresário afirmou à Polícia Federal que nunca havia
tratado de financiamento de campanha com ele.
"Sou
o principal interessado na conclusão da investigação", disse o senador.
"Para mim é um sofrimento, eu quero encerrar o mais rapidamente
possível".
VIAGEM
MARCADA
Ele
negou que tenha vindo a Washington a pedido de Michel Temer para rebater a
narrativa do PT de que o impeachment é um golpe, afirmando que a viagem já
estava marcada "com bastante antecedência".
Mas
o tema foi abordado em todos os encontros que teve nos EUA, disse o senador. Além
de conversar com Shannon e participar de um encontro com empresários, ele
também esteve com o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado,
Bob Corker, da oposição republicana, e o líder dos democratas na comissão,
Benjamin Cardin.
Na
última semana, Temer ligou para o senador e manifestou indignação com as recentes declarações de Luis Almagro, secretário-geral da Organização dos
Estados Americanos (OEA), e Ernesto Samper, Secretário Geral da União de Nações
Sul-Americanas (Unasul).
O
senador afirmou que cancelou o encontro que teria com o secretário-geral da OEA
(Organização de Estados Americanos), o uruguaio Luis Almagro, devido a suas
declarações questionando a legalidade do processo de impeachment.
Segundo
Nunes Ferreira, Almagro "se arvora" a usar a OEA para emitir opiniões
pessoais, "de olho no público uruguaio". Ele mandou uma carta à OEA
manifestando seu incômodo com as declarações de Almagro, que chamou de
"inconvenientes e abusivas".
ANTI-IMPEACHMENT
Nesta
terça (19), o senador foi abordado em Washington por manifestantes
anti-impeachment que estavam com cartazes em inglês "No coup in
Brazil" ["Sem golpe no Brasil"] e gritavam "Não vai ter
golpe".
Sobre
o ocorrido, ele disse, por meio de assessoria, que "crentes que estavam
fazendo história, faziam na verdade malcriação. O problema delas é adormecer
sonhando com Che Guevara e acordar nos braços de Nestor Cerveró. Isso
passa!"
Veja o vídeo
Fonte:
uol
3 Comentários
Outra piada para o rol. E só.
ResponderExcluirEle traiu Carlos Marighella, e agora trai o Brasil. O que esse corrupto está fazendo nos EUA é negociação para entrega do Pré-sal para empresas americanas como a Chevron, em troca do apoio ao golpe.
ResponderExcluir#SosCoupBrazil
ResponderExcluir#StopCoupInBrazil
Ao meio dia hoje, 22/0//2016, twitaço, e manifestações em todos os meios interativos na internet denunciando o golpe em andamento no Brasil!
Os golpistas afirmam não é golpe! Querem um golpe tranquilo, sereno e sem resistência, mas vão enfrentar muita luta, mas se conseguirem o golpe, uma luta que não tem a mínima ideia da dimensão os espera!
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