247 - Diante da possibilidade cada vez maior de ser afastada do cargo na primeira votação sobre o impeachment no Senado, a presidente Dilma Rousseff, aliados próximos e o PT articular uma espécie de “governo paralelo”, com o objetivo de desconstruir a agenda do vice-presidente Michel Temer.
Se a saída de Dilma for mesmo aprovada pelo Senado em maio, após passar pela comissão do impeachment, ela ficará reclusa no Palácio da Alvorada por uma temporada que pode ir de três a seis meses.
No duelo com Temer, o PT vai bater na tecla de que ele recorre agora a propostas já apresentadas por Dilma, como as reformas tributária e da Previdência. Os petistas também vão jogar luz sobre pontos polêmicos do programa do PMDB – intitulado “Uma Ponte para o Futuro” e rebatizado ironicamente por eles de “Uma Pinguela para o Passado” –, que prega o fim de gastos mínimos constitucionais com saúde e educação.
A tática consiste em desgastar Temer até o julgamento final de Dilma no Senado, que deve ocorrer em outubro, quando Dilma precisará de apenas 28 votos para barrar o seu afastamento definitivo.
Enquanto isso, dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de movimentos sociais preparam greves e protestos, em todo o País, contra o golpe, o que prejudicará a vida do eventual governo de Temer.
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