DAVID NOGUEIRA
Professor e jornalista, foi dirigente da CUT, da CNTE e ex-secretário de Comunicação do PT/RO; membro do diretório PT/RO
1.
Deputado: Vossa Excelência é um bandido e assim será tratado todos os dias!!
Data
vênia, cabe uma reflexão sobre o respeito devido aos indefesos tupiniquins.
Primeiro, é prudente levar em conta o fato que a cabeça dos cidadãos comuns não
serve apenas para separar as orelhas, por vezes enormes, dos distraídos
eleitores. A cretinice de alguns deputados federais, com seus discursos cínicos
e carregados de demagogia, tem passado, nestes dias confusos, de todos os
limites. São bandidos. Comportam-se como quadrilha. Indignos de representarem
os diferentes segmentos do povo brasileiro, por mais pilantras que tais grupos
populares sejam.
2.
Um bandido pra chamar de "Seu"!!
Somos
expostos ao mundo por uma gangue parlamentar incapaz de aceitar o resultado das
eleições de 2014, em função de seus enormes compromissos celebrados com o
grande capital internacional. O mundo do Petróleo quer o Pré-Sal... quer a
Petrobrás. O fim da Política de Conteúdo Local é imposição de corporações e dos
países exportadores de tecnologia, máquinas, serviços de alto valor agregado.
Isto não só pela fonte imediata de geração de receita e empregos em seus
países, mas também pelo fato de atrasar a entrada do Brasil no mercado de
exportação tecnológica. A quem interessa a destruição de empresas nacionais
como Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Galvão, Engevix, OAS, UTC,
etc???? Com todos os seus problemas, tais empresas acumularam, ao longo das
últimas décadas, expertise, a permitir avanço da infraestrutura interna e a
busca de mercado externo. Isso tem gerado empregos, renda e impostos aqui
dentro. Ou não?
3.
Jogar água suja fora com o bebê???
Os
crimes de alguns de seus diretores, em parceria "gangueira" com
políticos de todas as espécies, não pode ser motivo para se destruir, arrasar,
expulsar empresas nacionais, deixando nosso mercado à mercê das grandes
corporações estrangeiras. Esses conglomerados são patrimônio verde e amarelo,
fundamentais para a estrutura do país, e devem ser preservados, da mesma forma
como acontece em outras partes do mundo. Punam-se os dirigentes, alterem-se as
legislações, preservem-se, porém, os empregos, as empresas e seu conhecimento
acumulado.
4.
Golpistas em busca de salvação
Em
retorno aos "meus deputados bandidos"... a desfaçatez é chocante. Há
cinco meses, esses "sapecas" não conseguem fazer avançar um milímetro
o processo de Eduardo Cunha na Comissão de Ética... ainda assim, querem julgar
Dilma em 30 dias!!! Essa turma de gangueiros, extorquidores e ladrões
contumazes prepara-se para julgar e condenar uma Presidenta da República por
Crime de Responsabilidade de algo que sequer foi julgado pelo Congresso
Nacional. Desesperados e sob a batuta do "mordomo de filme de
terror", Michel Temer, parlamentares desmoralizados, pilantras por opção e
delinquentes, sob a regência do nobre, puro, impoluto e alvissareiro Presidente
da Câmara, Eduardo Cunha, querem arrancar a presidenta eleita, mediante um
vergonhoso Golpe Parlamentar. Os objetivos são três:
a)
tentar salvar suas peles chamuscadas pela corrupção;
b)
iniciar um processo de entrega das riquezas com a desnacionalização do
Petróleo, o fim da Política de Conteúdo Local e a conclusão da Privataria
Tucana e, finalmente,
c)
impor uma pauta conservadora ao Congresso, votando o fim de direitos
trabalhistas e a extinção de políticas de proteção social.
No
frigir dos ovos, configura-se a aplicação do modelo Neoliberal a ferro e fogo
num contexto adverso.
5.
Pilantras em ação
Dos
65 membros efetivos da Comissão que irá "julgar" a admissibilidade ou
não do processo contra Dilma (mulher que não responde por nenhum crime), estão
presentes 21 candidatos a presidiários a caminho dos xilindrós, ou seja, 32,30%
dos Deputados Federais da Comissão de "análise" já respondem, hoje, a
algum tipo de processo criminal no STF. Desculpem o linguajar meio duro, chulo
e vulgar, no entanto, eu confesso, acabrunhado, ser o meu léxico curto e
limitado para descrevê-los. Esses vagabundos, travestidos de representantes do
povo, nunca estiveram preocupados com ética, moral ou bons costumes. Todos
temos críticas a serem feitas ao Governo e às escolhas feitas em determinados
momentos. A cidadania, a democracia e os seus exercícios nos permitem tal privilégio.
No entanto, tais fatos não nos dão o direito de promover "Golpes de
Estado" para vender o país, parar a Lava Jato (naquilo que deve fazer com
todos) e envergonhar nossa nação aos olhos do mundo.
Vigaristas!
Devem ser tratados assim em todos os momentos de suas fajutas vidas de
representação política.
(Em
tempo: Peço perdão aos bons parlamentares que lá estão defendendo o Brasil...
contra o golpe e a favor da democracia.)
Fonte:
brasil247
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