Nota
do escritório de advocacia Teixeira, Martins & Advogados que tem, entre
outros clientes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, soltou nota
relacionada à interceptação de telefone autorizada pelo juiz de primeira
instância Sérgio Moro.
O
telefone que foi alvo de interceptação autorizada pelo juiz em questão é o
principal ramal do escritório que atende Lula. Esta informação consta da
procuração juntada no processo pelos advogados do escritório, em nota de rodapé
e, é claro, consta também no site e em todo o material relacionado ao
escritório.
Além
disso, a Telefonica, empresa responsável pela linha, informou ao juiz de
primeira instância, de forma clara e categórica, e em duas oportunidades, no
dia 23 de fevereiro e no dia 7 de março, que o telefone pertencia ao escritório
de advocacia e, conforme determina a Resolução 59 do Conselho Nacional de
Justiça. Mesmo com as informações em mãos, o juiz mandou que a interceptação prosseguisse e,
além disso, pediu prorrogação do tempo de escuta.
Com
este histórico, a banca de advogados considera que o ofício enviado pelo juiz
de primeira instância Sérgio Moro ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 29 de
março de 2016 não corresponde à realidade, pois que ele tinha conhecimento de
que estava monitorando 25 advogdos do escritório em questão.
A
nova defesa apresentada pelo juiz, afirmando que o telefone citado constava na
Receita Federal em nome de uma empresa de palestras do ex-presidente Lula, com
exclusão recente, também "não tem qualquer valor para modificar o fato de
que ele grampeou conscientemente um escritório de advocacia e, ainda, o fato de
que as informações prestadas ao STF não são compatíveis com os ofícios da
empresa de telefonia.", demonstra a nota.
Segundo
o escritório, ao autorizar a interceptação telefônica, ele deveria consultar a
empresa de telefonia, com a exclusão de qualquer outro meio público ou privado.
A Resolução 59 do CNJ assim determina e a empresa de telefonia assim o fez: o
juiz foi informado de que o telefone era do escritório Teixeira, Martins &
Advogados.
Conforme
diz a nota do escritório dos advogados, se houve ou não alteração recente na
Receita para corrigir informação equivocada da empresa LILS Palestras,
"isso não tem qualquer influência no ato ilegal praticado pelo juiz em
relação ao escritório Teixeira, Martins & Advogados", está na nota.
A
modificação, se realizada, é ato regular que o juiz tenta transformar em algo
ilícito "na tentativa de ofuscar a afronta por ele praticada contra a
Constituição Federal e contra o Estado Democrático de Direito".
Uma
segunda nota do advogado de Lula foi veiculada ontem, dia 6, no final do dia,
sobre as providências tomadas neste caso.
Nota
Na
data de hoje ( 6/4/2016), pedi ao Supremo Tribunal Federal providências em
relação ao juiz Sérgio Moro por ter sido alvo de interceptação telefônica
ilegal no exercício da profissão.
Na
petição apresentada, também demonstrei ao STF que as informações prestadas pelo
juiz Moro no que diz respeito à interceptação do principal ramal do escritório
Teixeira,Martins & Advogados não subsistem à análise dos ofícios
encaminhados pela empresa de telefonia, que identificaram como sendo de um
escritório de advocacia o número grampeado.
A
interceptação do telefone de advogados e
de escritório de advocacia, além de contrariar expressamente a legislação
brasileira e Tratados Internacionais dos quais o Brasil é signatário, abala o
próprio Estado Democrático de Direito.
Roberto
Teixeira
Fonte:
jornalggn
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