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O juiz Sérgio Moro – Foto Paulo Whitaker/Reuters |
Desde
o início a Lava Jato considera o óbvio, que o apoio da opinião pública
influencia os propósitos da operação.
Para
convencer a opinião pública, o endosso dos meios de comunicação costuma ser
decisivo.
Tudo
ia muito bem, no olhar dos protagonistas da Lava Jato, até a “condução
coercitiva'' do ex-presidente Lula para depor na sexta-feira. Para muita gente,
o palavrão entre aspas foi interpretado como prisão sumária.
Muitos
juristas e cidadãos, inclusive alguns sem simpatia por Lula, consideraram ação
autoritária e arbitrária levar na marra para uma delegacia da Polícia Federal
quem já havia se disposto a depor sem ser conduzido sob vara.
Uma
coisa é combater a corrupção e investigar gatunos, outra é abusar do poder.
Se
havia alguma dúvida sobre a imagem que ficou do aparato de policiais armados na
porta do prédio de Lula em São Bernardo _não em Paris_, o juiz Sérgio Moro
mostrou que entendeu o que se passara.
No
sábado, dia raro para juiz de direito divulgar nota, ainda mais se manifestando
sobre autos de processo ou inquérito, Moro buscou “esclarecer'' por que
determinara a “condução coercitiva''.
Pela
primeira vez, não transmitiu força, e sim fragilidade.
Moro
ofereceu ao ex-presidente uma, como hoje se diz, narrativa em que Lula aparece
como perseguido.
Se
é ou não, eis um bom debate.
Fonte:
blogdomariomagalhaes
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