Os
procuradores de São Paulo que pediram a prisão preventiva do ex-presidente Lula
demonstram que para eles não há limites quando o assunto é incriminar. Uma das
alegações do grupo seria uma possível violação de ordem pública apontando
trechos das declarações do ex-presidente à imprensa na sexta-feira (4) e também
um vídeo divulgado pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) em que Lula aparece
ao fundo, no telefone, conversando com a presidenta Dilma.
A
deputada Jandira divulgou novo vídeo em que denuncia a manipulação grosseira
dos procuradores ao interpretar o vídeo. Segundo eles, Lula teria dito: “eles
que enfiem no c... todo este processo”. Mas ao contrário disse, no trecho da
citada imagem, Lula não afirma: "eles que enfiem no c... o acervo
presidencial".
"O
pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula não tem qualquer base legal
que o sustente. Não passa de um amontoado de inconsistências coroadas pelo item
127, que trata de vídeo por mim gravado", afirmou a deputada comunista em
nota.
Ela
ressalta que a fala captada pela vídeo não foi um conversa com o ex-presidente.
"Ele também não se dirigia ao público, não se tratava de uma coletiva;
Lula estava entre amigos, desabafando sobre as ilegalidades cometidas contra
ele quando, para tranquilizar a militância, gravei um vídeo sem a intenção de
captá-lo, o que acabou acontecendo sem seu conhecimento", disse Jandira,
frisando que "indignação não é crime" e que "o uso do vídeo
mostra a má fé e a falta de qualquer prova contra ele".
Ao
distorcer a frase, o procurador da Veja, Cássio Conserino, disse que essa
conduta ofensiva ao sistema de Justiça “que se ajustam à violação da garantia
da ordem pública”. No entanto, como se vê no vídeo, Lula não se refere ao
sistema Judiciário, mas ao acervo presidencial.
Além
disso, pedido de prisão contra Lula é repleto de contradições. Ora os
procuradores da Veja dizem que o ex-presidente é um cidadão como qualquer
outro. E em outros momentos usam o cargo ocupado por Lula para dizer que ele
não poderia agir como agiu.
Confira
o vídeo:
Fonte:
participardapolitica
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