Eugênio
Aragão, afirmou que ao longo da semana deverá concluir que providências podem
ser tomadas contra o juiz federal Sérgio Moro, por autorizar gravações
envolvendo a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula; Aragão disse
também que não irá aceitar "comportamento com finalidades políticas"
na Polícia Federal; "No caso de ficar uma fundada suspeita no
comportamento irregular de vazamento com finalidades políticas, claro que eu
tenho que me mexer. Não vou deixar isso acontecer porque fatalmente isso acaba
atrapalhando o devido processo legal", afirmou; "Apenas acho que a
gente tem que avisar essas coisas porque está parecendo uma grande festa de
sair dando informações que, às vezes, estão sob resguardo do sigilo dos autos,
que sai a torto e a direito pela imprensa"
O
ministro da Justiça, Eugênio Aragão, afirmou neste domingo, 20, que está
avaliando a legalidade dos procedimentos de interceptação e vazamento de
conversas envolvendo a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.
Em
entrevista ao jornal O Globo, Aragão disse que ao longo desta semana deverá
concluir a análise do caso e que providências podem ser tomadas, inclusive
contra o juiz federal Sérgio Moro, que autorizou a divulgação das conversas.
Aragão
garantiu que não irá interferir no trabalho do Polícia Federal, mas deixou
claro que não irá aceitar "comportamento com finalidades políticas".
"Se os profissionais agirem de acordo com seus padrões, que são
altíssimos, eles não têm nada a temer. Não haverá, absolutamente, nenhuma
interferência do ministério, e nem pode haver, na atividade fim da polícia. Vão
fazer e contarão com apoio incondicional do ministro da Justiça. Agora, no caso
de ficar uma fundada suspeita no comportamento irregular de vazamento com
finalidades políticas, claro que eu tenho que me mexer. Não vou deixar isso
acontecer porque fatalmente isso acaba atrapalhando o devido processo
legal", afirmou.
Questionado
se haverá mudanças no comando da Polícia Federal, Eugênio Aragão disse que,
"por enquanto, não". "Eu tenho pelo doutor Leandro Daiello maior
estima. Acho que ele está fazendo um excelente trabalho. Então, não se trata
disso. Aliás, eu estou com uma excelente relação com a Polícia Federal. Não
tenho nenhum problema com ela. Eu apenas acho que a gente tem que avisar essas
coisas porque está parecendo uma grande festa de sair dando informações que, às
vezes, estão sob resguardo do sigilo dos autos, que sai a torto e a direito
pela imprensa. A gente tem que dar uma advertência nisso. O ministro da Justiça
não pode se omitir. Mas, evidentemente, não se trata de interferir no trabalho
investigativo", avisou.
Aragão
também fez críticas ao "modus operandi" da força-tarefa da operação
Lava Jato, com prisões preventivas para forçar delações premiadas. "Acho que
compete ao ministro da Justiça, como agente do Estado, verificar se esses
prerrequisitos estejam todos preenchidos e, eventualmente também, como é uma
situação política, tem que também denunciar quando eles não estão preenchidos
ou quando parece que não estejam preenchidos. No momento eu estou apenas me
resguardando. Agora, estou apenas avisando, há uma preocupação com esse tipo de
modelo: você prender alguém para que ele fale", afirmou.
Fonte:
brasil247
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