Confira os desdobramentos da crise política nesta sexta-feira
Manifestações a favor do governo Dilma Rousseff e em apoio ao ex-presidente Lula foram registradas em todos os Estados brasileiros e o Distrito Federal nesta sexta-feira (18). A crise se intensificou nesta semana, com fatos como a delação do senador Delcídio do Amaral, a divulgação de áudios com conversas da presidente Dilma e anomeação do ex-presidente para a Casa Civil. Durante a semana ocorreram várias manifestações contra o governo em cidades do país.
Acompanhe abaixo as principais notícias desta sexta-feira:
20h35 - A OAB divulgou comunicado em que se posiciona a favor do impeachment da presidente Dilma.
20h10 - Manifestantes começam a deixar a Avenida Paulista.
Lula deixa a Avenida Paulista após discursar em ato pró-governo (Foto: Fernando Donasci/ Epoca)
Lula na Paulista: "Esse país precisa voltar a crescer, esse país tem que ter uma sociedade harmônica. (Foto: Nina Finco/Época)
19h51 - O ex-presidente encerra o discurso... e volta a falar: "Talvez vocês não tenham noção do bem que vocês fizeram para a democracia brasileira. A melhor coisa que o Brasil produziu é a sua gente. Não aceitem provocação ao voltar para a casa. Quem quiser ficar com raiva que morda o próprio dedo. Nós não vamos aceitar provocação."
19h28 - Em carro de som posicionado em frente ao Museu de Arte de São Paulo, Lula começa a discursar. Confira abaixo trechos da fala do ex-presidente:
Lula: "Quero dizer pra vocês que ao completar 70 anos e passar por tudo o que passamos juntos, ser presidente do meu país, eleger a primeira mulher presidenta do Brasil, eu pensei que nada mais pudesse me emocionar. O que vocês estão fazendo hoje na Avenida Paulista, eu espero que seja uma lição para aqueles que não acreditam na capacidade do povo brasileiro. O povo brasileiro aprendeu que a democracia não é um direito morto."
"Eu vim pra cá pensando em como falar sem ficar nervoso. Eu relutei muito para aceitar ir para o governo. E ao aceitar, eu virei outra vez o Lulinha paz e amor. Eu vou lá ajudar a presidenta Dilma a fazer as coisas que ela têm que fazer nesse país."
Manifestantes gritam: "Lula guerreiro do povo brasileiro!"
E o ex-presidente continua a falar... "Esse país precisa voltar a crescer, esse país tem que ter uma sociedade harmônica. O que eu quero é que a gente aprenda a conviver de forma civilizada com as nossas diferenças. A democracia é a única possibilidade que a gente tem de o povo participar das decisões do governo. Não existe espaço para o ódio nesse país".
"Eu perdi eleições em 1989, em 1994, em 98. Eu já tinha perdido em 1982 em SP. Em nenhum momento vocês me viram ir pra rua protestar contra quem ganhou. Agora eles acreditaram que iam ganhar. Eles não imaginavam que no segundo turno ia aparecer a juventude, os intelectuais, os artistas apoiando a Dilma. E quando ela veio, eles que se dizem estudados, evoluídos, social democrata não aceitaram o resultado. Faz 1 ano e 3 meses que eles estão atrapalhando a presidente Dilma a governar esse país. Eles vestem roupas verde e amarela para dizer que são mais brasileiros do que nós. Corte a veia deles para ver se o sangue é verde amarelo. É vermelho como o nosso. É como o de Jesus Cristo. São o tipo de brasileiro que querem Copa todo dia. A gente compra na 25 de março, eles estão preocupados com o dólar. Enquanto eles vão para Miami, eu viajo pro Rio Grande do Norte, pra Bahia. A única coisa que eu quero é dizer que eu entrei para ajudar a presidente para restabelecer paz, a esperança e provar que este país é maior do que qualquer crise do planeta Terra. Que esse país vai sobreviver e crescer. Esse país tem o pré-sal, tem o povo mais maravilhoso. O mais alegre do planeta terra. Precisamos recuperar o humor e a autoestima do povo brasileiro. Não é antecipando eleição. Nós que lutamos para derrubar o regime militar e a estabelecer a democracia, não vamos desistir.
Lula grita "Não vai ter golpe!", acompanhado da multidão, e retoma o discurso...
"Terça-feira, se não tiver nenhum impedimento, eu estarei orgulhosamente servindo a minha presidente Dilma".
Lula discursa na Avenida Paulista (Foto: Graziele Oliveira/Época)
19h25 - Confira o discurso feito pelo prefeito Fernando Haddad na Avenida Paulista:
“É um ato dos democratas fundamentalistas, dos que acreditam na democracia até as últimas consequências. Neste momento, o estado corre risco, companheiros. Nós temos de ter clareza de que estamos correndo um risco muito grande. É evidente que nós temos ideologia, temos ponto de vista. Mas o que está em jogo hoje é o mínimo que a constituição estabelece. É a garantia dos direitos de cada um de vocês. Estamos defendendo a segurança jurídica de quem está aqui, mas também de quem veio no dia 13 de março. Ninguém pode ser acordado às seis da manhã e ser conduzido coercitivamente se essa pessoa nunca se recusou a colaborar com a Justica. Isso é uma violência. Ninguém pode ter conversa publicada se não tem interesse público. Publicizada por deboche ou escárnio. Ninguém pode ser preso a não ser com sentença transitada em julgado. Companheiros, não existe um cidadão que esteja aqui hoje que não queira levar as investigações até as últimas consequências. E o que significa isso? Responsabilizar todos que cometeram delito. O que se tem hoje no Brasil é o julgamento sumário. Nos queremos que nossa voz, de pessoas honradas e democráticas, seja ouvida. Estamos defendendo o interesse difuso de cada um que está aqui. Estamos defendendo a constituição. É ela que está sendo violada.
19h23 - Manifestantes soltam fogos durante discurso. Haddad fala sobre as ações da Justiça: "Ninguém pode ter conversas íntimas publicadas. Ninguém pode ser acordado às 6h da manhã e conduzido coercitivamente".
19h19 - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, começa a discursar: "Esse é um ato histórico. Não é um ato em defesa de um governo ou de um partido. Não é em defesa de um homem ou de uma mulher. É um ato em defesa da República Federativa do Brasil."
19h16 - O prefeito Fernando Haddad também chegou para participar de ato de apoio ao governo federal na Avenida Paulista.
19h13 - O presidente do PT, Rui Falcão, assume o microfone e cumprimenta os manifestantes. "Companheiros e companheiras, não vai ter golpe!".
19h - O ex-presidente Lula acaba de chegar à Avenida Paulista para participar de ato pró-governo. Ele chegou a pé, por trás do Masp.
18h50 - O secretário de Transportes da cidade de São Paulo, Jilmar Tatto, afirmou, em entrevista ao editor Bruno Ferrari, que Lula dará nova dinâmica ao governo federal. "Não subestimem a capacidade de articulação de Lula", disse. Leia aqui.
O secretário de Transportes da cidade de São Paulo, Jilmar Tatto (Foto: Bruno Ferrari/Época)
18h40 - Nas últimas horas, acontecem atos a favor do governo de Dilma Rousseff em 22 Estados. Em Curitiba (PR), sede da operação Lava Jato, o protesto é comandado pela Frente Brasil Popular, que reúne partidos como PT, CUT e MST. Em Recife (PE), os manifestantes se reúniram a partir das 15h na Praça do Derby e saíram marchando. Há apresentações de grupos de maracatus e de artistas da cidade. Em Porto Alegre (RS), o protesto acontece na Esquina Democrática, que costumava abrigar atos contra a ditadura militar. Em Salvador (BA), Álvaro Gomes (PCdoB), secretário estadual do Trabalho defendeu a prisão do juiz Sergio Moro. Em Manaus (AM), um grupo de 400 pessoas, segundo a Polícia Militar, concentra-sem egrente ao Teatro Amazonas, no centro. Em Florianópolis (SC), há discursos e música na manigestação "político-cultural" organizada pela Frente Brasil Popular.
Ato contra o impeachment em defesa do governo na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
18h17 - Manifestantes pró-governo distribuem coxinhas na Avenida Paulista.
18h06 - Gritando palavras de ordem como “Não vai ter golpe”, manifestantes favoráveis ao governo Dilma se reúnem na Praça XV, ao lado do Paço Imperial, área histórica no centro do Rio. Um palco foi montado na praça. Nele, mais tarde, estão previstos shows com artistas como Martinho da Vila e Beth Carvalho. Sindicalistas e manifestantes ocupam, agora, metade das pistas da avenida Primeiro de Março, uma das principais do centro do Rio. A Polícia Militar não fez estimativa do número de manifestantes. De acordo com os organizadores, 30 mil pessoas participam do ato.
Movimentos sociais fazem ato na Praça XV, no centro do Rio de Janeiro, a favor do governo de Dilma Rousseff (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Movimentos sociais fazem ato na Praça XV, no centro do Rio de Janeiro, a favor do governo de Dilma Rousseff (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
18h00 - São Paulo. Em frente à Fiesp, onde na quinta-feira, representantes dos movimentos pró-impeachment discursavam, uma uma fileira de policiais militares cerca o prédio. Segundo a PM, o prédio estava livre para a circulação de pessoas até por volta de 16h30, quando um grupo de militantes pró-governo decidiu ir para cima de manifestantes contrários ao governo que estavam dentro do prédio. "Tivemos de cercar o prédio depois da confusão", disse o PM.
Policiais cercam o prédio da FIESP (Foto: Bruno Ferrari )
17h56 - Mais informações sobre a terceira liminar impedindo a posse de Lula:
Segundo a Folha, a liminar é do juiz Luciano Tertuliano da Silva, da Justiça Federal em Assis, São Paulo. A decisão foi proferida às 16h. Segundo o juiz, os áudios divulgados pela Polícia Federal mostram que Lula e Dilma tentaram interferir nas investigações da Operação Lava Jato. Segundo o G1, a AGU disse que não foi notificada ainda, mas que o governo irá recorrer da decisão. Entenda a guerra de liminares que impede a posse de Lula como ministro da Casa Civil.
17h37 - O canal de TV Globonews acaba de informar que a Justiça concedeu uma terceira liminar contra a posse de Lula. Desta forma, Lula novamente não pode exercer o cargo de ministro. Segundo a AGU, são mais de 50 ações contra a posse de Lula em todos os Estados do país. A AGU pede que as ações sejam extintas, para evitar insegurança jurídica, até que o mérito das ações seja julgado pelo STF.
17h28 - Gilmar Mauro, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), afirma que é necessário haver diálogo para solucionar a crise do país. "Vamos resolver os problemas brasileiros pela razão e não pela violência."
17h20 - Nesta sexta, a manifestação é pró-governo. Mas durante a semana, a maioria dos protestos pediam a queda da presidente Dilma. Reportagem de ÉPOCA mostra quem são os manifestantes contra o governo e o que pensam alguns dos brasileiros que foram às ruas nos últimos dias para pedir mudanças na política.
17h00 - Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), confirmou que o ex-presidente Lula - e agora ministro da Casa Civil - comparecerá ao evento na Avenida Paulista a partir das 19h30. Sobre a possibilidade de tumulto no ato pró-governo desta sexta-feira, Bonfim diz que a orientação é "evitar qualquer provocação". "Nós recomendamos que ninguém ligado ao nosso movimento fosse para a Paulista na manifestação que defendeu o impeachment, dia 13. Acho de bom tom também que o outro lado, contra o governo, também não venha hoje", afirmou a ÉPOCA. A expectativa da organização é reunir 150 mil pessoas na Paulista.
16h43 - Manifestantes gritam "Não vai ter golpe" e soltam fumaça vermelha na Avenida Paulista:
16h23 - Em evento em São José do Rio Preto (SP) nesta sexta-feira (18), o governador Geraldo Alckimin se pronunciou sobre a liberação da Avenida Paulista. Segundo Alckmin, o Estado procura evitar conflitos. A retirada dos manifestantes anti-Dilma, que insistiam em permanecer na avenida, foi para a "segurança de todos". O governador não falou sobre a demora para liberar a Paulista. “Nosso governo é republicano, todos têm o direito à manifestação e é dever do Estado garantir segurança para os manifestantes”, disse. Alckmin não se manifestou sobre as críticas de ter fechado todas as pistas da Paulista mesmo com poucos manifestantes, conforme relatado na quarta-feira por ÉPOCA.
16h02 - Servidores da prefeitura de Guarulhos, governada por Sebastião Almeida (PT), foram liberados do expediente hoje após o horário de almoço. Os funcionários foram liberados para poder participar do ato pró-Dilma na Paulista, conta a coluna EXPRESSO.
15h54 - São Paulo. Manifestantes se concentram na Avenida Paulista; via está bloqueada nos dois sentidos, da Rua Augusta à Av. Brigadeiro Luiz Antônio.
15h47 - Foi registrado há pouco um princípio de tumulto na Avenida Paulista, onde manifestantes se reúnem para um ato pró-governo. Militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) discutiram com manifestantes anti-governo que continuam em frente ao prédio da Fiesp. A polícia reforçou a segurança no local, segundo o G1. Mais cedo, manifestantes pró e contra Dilma brigaram na Avenida Paulista. Confira as fotos dessa briga, que ocorreu por volta das 13h, abaixo.
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Manifestantes contra e a favor do governo entraram em conflito em frente ao MASP, na Av. PaulistaFoto: Leo Barrilari/EFE
15h25 - Lula pode assumir como ministro. Segundo o portal de notícias G1, acabou de cair a segunda liminar que impedia a posse de Lula. O vice-presidente do Tribunal Regional Federal, desembargador Reis Fride, derrubou a liminar após recurso da Advocacia-Geral da União (AGU).
Luis Inácio Lula da Silva assina posse para Ministro da Casa Civil (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
15h00 - Atos pró-governo estão previstos para vários Estados além de São Paulo. Em alguns deles, os protestos já começaram: Alagoas, Ceará, Maranhão, Rondônia, Pará e Paraíba. Manifestações contra o governo também estão ocorrendo em Estados como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
13h12 - O ex-presidente Lula estava em dúvidas se participaria ou não da manifestação pró-governo Dilma nesta sexta-feira na Avenida Paulista, em São Paulo. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a dúvida acabou. Lula confirmou presença nas ruas.
12h30 - A presidente Dilma Rousseff está em Feira de Santana (BA) para entregar unidades do programa Minha Casa, Minha Vida. Durante a cerimônia, ela falou sobre a crise política. Dilma voltou a criticar o juiz Sérgio Moro e disse que a divulgação de escutas foi ilegais.
"Grampeia o presidente dos Estados Unidos para ver o que acontece com quem grampear. É por isso que vou tomar todas as providências cabíveis neste caso. Não é só por causa da Presidência da República, que é muito importante, é por outro motivo: se eu não tomar providências, se alguém puder me grampear sem a autorização do Supremo Tribunal Federal, o que vai acontecer com o cidadão comum?", disse.
Dilma Rousseff durante cerimônia de entrega de unidades habitacionais em Feira de Santana/BA e entregas simultâneas em Teresina/PI, em Itabuna/BA, em Ananindeua/PA, em Itapeva/SP e em Susano/SP (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
11h00 - O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu na manhã desta sexta-feira a primeira sessão da Comissão Especial do Impeachment. A pressa de Cunha tem motivo: ele pretende usar todos os dias da semana para acelerar o rito de impeachment, usando as sextas e segundas-feiras, o que foge do comum para os parlamentares. A última vez que a Câmara esteve tão cheia em uma manhã de sexta foi em outubro - mas o motivo era outro.
10h30 - São Paulo. Manifestantes pró-Dilma começam a chegar na Avenida Paulista. Ato está marcado para começar às 16h.
Manifestantes pró-governo começam a chegar à Av. Paulista (Foto: Marcos Coronato )
10h00 - Em São Paulo, a Avenida Paulista amanhaceu fechada por manifestantes e cerca de 20 barracas em frente ao prédio da Fiesp. Os manifestantes estavam no local havia mais de 39 horas quando a Polícia Militar inicou operação para retira-los.
Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo lança jatos d'água em manifestantes que ocupavam a Avenida Paulista desde o fim da tarde de quarta-feira (Foto: Daniel Mello/Agência Brasil)
A PM usou bombas de gás e canhão de água. O governo decidiu intervir porque já tinha uma manifestação marcada previamente para o local, desta vez por militantes pró Dilma. Pela Constituição, não é permitido que protestos de pontos de vista contrários sejam marcados para o mesmo local e data.
Fonte: epoca
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