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“Jamais pensei que defenderia o País de um novo golpe”, diz presidenta da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos

Eugênia Gonzaga: “Não é um juiz que pode nos fazer desacreditar de toda uma instituição” – Foto: Divulgação/Facebookênia Gonza

Para Eugênia Gonzaga, o Brasil precisa recorrer a organismos nacionais e à cortes internacionais

por André Sampaio

Eugênia Gonzaga é presidenta da Comissão nacional de Mortos e Desaparecidos Políticos, que investiga o fim dado pelo regime militar a ativistas que lutaram pela redemocratização do Brasil. Está estarrecida com a tentativa de golpe de Estado pela oposição ao governo federal. “Jamais pensei que estaria aqui para defender o País de um novo golpe.”

A frase foi proferida na noite de quarta-feira (16) em Ato Pela Liberdade Democrática no teatro Tuca, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. “Lamento que medidas judiciais que começaram repatriando milhões de dólares estejam agora servindo à dicotomia nociva alimentada pela mídia.”

Para Eugênia, o governo não pode lutar sozinha. Enquanto o golpe não é dado, “ainda temos um Estado Democrático de Direito”, lembra. “Não é um juiz que pode nos fazer desacreditar de toda uma instituição.”

Para garantir a normalidade democrática, ela sugere acionar organismos nacionais e internacionais. “É preciso recorrer ao Conselho Nacional de Justiça e usar todos os instrumentos que a gente dispõe até mesmo as cortes internacionais”, disse. “Nós podemos ser vozes isoladas, mas somos nós que vamos defender a legalidade e a democracia.”



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