Foto: Gustavo Lima/Agência Câmara |
A
deputada Erika Kokay (PT-DF) cobrou nesta terça-feira (1º), da tribuna da
Câmara, explicações sobre o esquema de desvio de recursos públicos da estatal
Furnas Centrais Elétricas, desvendado pela revista Carta Capital em 2006 e até
hoje sem desfecho das investigações. A parlamentar lembrou ainda que, no âmbito
da Operação Lava-Jato, já existem três delações que confirmam o recebimento de
propina por parte do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
“Eu
gostaria de saber a quantas anda a investigação acerca de Furnas, porque houve
pelo menos três delações que apontam que Aécio Neves recebia recursos de Furnas
através de um diretor indicado por ele. A quantas anda essa investigação?”,
questionou a deputada.
“Na
época do processo eleitoral, o jornalista que denunciou o esquema foi preso por
9 meses porque denunciou o envolvimento de Aécio Neves na operação ou no
processo da corrupção em Furnas, através de um diretor indicado por ele. Esse
jornalista inclusive sofreu um infarto na prisão e quase veio a óbito, porque
se tentaram silenciar as vozes que denunciavam os esquemas de Aécio Neves”,
complementou Erika Kokay.
A
deputada citou Furnas após criticar a oposição conservadora por ter protestado
contra a substituição do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por
Wellington César Lima e Silva, ex-procurador-geral do Estado da Bahia. “Eu fico
muito impressionada quando vejo a fala da oposição, difundida em todos os
jornais, de que a Presidenta Dilma Rousseff está dando um golpe, porque está
nomeando outro Ministro da Justiça. Ora, a Presidenta da República tem o
direito e o poder de mudar a sua equipe se achar que é necessário”, defendeu a
parlamentar.
Erika
também inferiu que, ao criticar a saída do ministro que comanda a Polícia
Federal, a oposição aprova a autonomia que o órgão adquiriu. “Essa fala
desbragada da oposição nos indica o reconhecimento do papel que a Polícia
Federal tem exercido durante o governo de Dilma Rousseff. Basta nós analisarmos
quantas operações investigativas foram feitas durante o governo Fernando
Henrique Cardoso: 48 operações. E estamos com cerca de duas mil operações
realizadas durante os Governos Lula e Dilma. A oposição, então, reconhece que a
Polícia Federal está tendo, desde o governo Lula, autonomia para investigar
quem quer que seja”, concluiu a petista.
Rogério
Tomaz Jr.
Fonte:
ptnacamara
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