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A 'Mani Pulite' versão século XXI, por Aurelio Junior


Por Junior50
 
 
O Moro está atrasado, baseia-se no passado, a "mãos limpas italiana" é década de 90, cuja face pública, não o "fascio", foi o alegado "combate à corrupção politica e econômica ", que até mesmo gerou um "filhote inconveniente", Silvio Berlusconi e seus "sobrinhos" - a extrema direita italiana.
 
Os sociólogos, analistas politicos, acadêmicos em geral, não se ativeram aos aspectos econômicos geopolíticos gerados por esta operação, no momento que ela foi utilizada como parte da ofensiva de "europeização", dos conglomerados nacionais, o caso FinMeccanica é bastante explicativo para esta análise, como também a situação ocorrida com a Aliança estratégica Fiat-Chrysler, a formação da PSA (Renault + Citroen + Peugeot), até pode-se incluir neste sistema de conglomerados, outras empresas formadas nesta época (pré Euro), como Airbus Group, MBDA....etc.
 
A resistência italiana em preservar suas empresas, assim como a francesa, era um óbice a esta europeização industrial "de topo de cadeia industrial e tecnológica", em uma análise fria, as empresas destes países não resistiriam a globalização e a entrada do Euro, pois seus Estados controladores estavam muito endividados, o caso italiano muito mais dependente que o francês. Portanto os interessados usaram o que ocorreu com a "mani pulite", para forçarem as empresas italianas, que "caíram de preço", para "europeiza-las".
 
Mas por mais que os vestais da "Mani Pulite" original, imbuídos de sua fé, certos de seu grande trabalho, tivessem a plena crença em ter domesticado estas empresas/conglomerados, tal fato não ocorreu, aliás sofisticou-se, internacionalizou, a única "vitória", alem do "bunga bunga", foi acabar com a esquerda moderada italiana, já as empresas/conglomerados de origem italiana, como a FinMeccanica, europeizada, associada a várias outras empresas francesas, inglesas, alemãs, continuou, junto a suas sócias, subornando e corrompendo governos ao redor do Mundo, casos específicos na Índia, Argélia, Libia, Panamá, Argentina, Paquistão, Irã, Grécia, Turquia ( tem muitos mais, estes são os pÚblicos processados e alguns "suspeitos", tem até Venezuela na "parada"), todos "parados" em Bruxelas, controlados na mídia européia (só na americana você verá algo sobre estes escândalos), apoiados/escondidos pelos Estados.
 
As ações de Estado, mesmo a de multi-estados (tipo a UE - empresarial), não devem ser analisadas exclusivamente em seus aspectos primários, ou jurídicos, uma vez que qualquer Estado que tenha um claro objetivo, não de "partido ou ideológico", faz qualquer movimento para alcançá-lo, pois ser "protagonista", ser "decisivo", significa ocupar espaços de outros, e para tal feito ser realizado, atitudes heterodoxas são necessárias, e claro, o "outro lado" irá reagir, até cooptando nacionais (as vezes nem precisam ser pagos, basta convencê-los, "ética" em certos locais é moeda), inserções constantes na mídia (a própria aquisição de veículos é válida), aquisição de parcelas da economia nacional (visando solapar um possível futuro concorrente).
 
O mundo é assim, esta é a realidade apresentada, a luta diária dos que vivem este confronto, quem não gostar, filie-se a uma ONG, vá para Marte, ou preste concurso público para Procurador.

Fonte: ggn

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