Neste
sábado, em Goiânia, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) cobrou um "gesto de
grandeza" da presidente Dilma Rousseff, que seria a sua renúncia; desde
que foi derrotado, em outubro do ano passado, já se passaram nada menos do 489
dias e o presidente nacional do PSDB continua tentando fomentar o ódio e a
guerra política no País; nessa toada, Aécio já fez de tudo: aliou-se a Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) na tentativa de um golpe contra a democracia, sabotou votações
de medidas fiscais que eram defendidas pelo próprio PSDB e estimulou diversas
ações no TSE; sua aposta no 'quanto pior, melhor' não rendeu frutos para os
tucanos; ao contrário, aprofundou a recessão, ceifou milhares de empregos e
criou o ambiente perfeito para que germine a semente do fascismo no Brasil; é
possível esperar de Aécio um gesto de grandeza?
Lá
se vão exatos 489 dias desde que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi derrotado
para a presidente Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de 2014.
Desde
então, o senador mineiro, neto de Tancredo Neves, não fez outra coisa a não ser
fomentar o ódio e a intolerância política no Brasil.
No
lugar de aceitar a derrota, como fazem políticos civilizados e com respeito
pela democracia, Aécio decidiu agir como um autêntico carbonário. Convocou
manifestações de rua, aliou-se a um político que simboliza a corrupção, o
deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para tentar afastar do cargo uma presidente
reconhecidamente honesta e sabotou medidas do ajuste fiscal que eram defendidas
por seu próprio partido.
Neste
início de 2016, com o enfraquecimento do movimento golpista, Aécio sinalizou
que adotaria uma postura mais responsável. Começou a posar de estadista,
lançando uma agenda propositiva, e autorizou o novo líder do PSDB na Câmara
(PSDB-MG), Antônio Imbassahy (PSDB-BA) a fazer um mea culpa tucano pela aposta
no 'quanto pior, melhor'. Numa entrevista ao jornalista Bernardo Mello Franco,
Imbassahy reconheceu que o PSDB não deveria ter tentado implodir as contas
públicas, derrubando medidas como o fator previdenciário.
Aécio
agia com base em pesquisas que mostravam repúdio da população à sua conduta.
Desde a derrota nas eleições presidenciais, o senador passou a ser visto como
um político oportunista, preocupado apenas com os próprios interesses.
No
entanto, bastou que a Operação Lava Jato desse novo ânimo ao movimento
golpista, com a prisão do marqueteiro João Santana, para que Aécio voltasse a
vestir o velho figurino do político inconformado com a sua própria derrota.
Neste
sábado, em Goiânia, ele voltou a propor uma ruptura. "Eu acho que está
chegando a hora da presidente da República, da presidente Dilma Rousseff,
refletir e, quem sabe, em um gesto de grandeza, deixar a Presidência da
República para que o Brasil possa construir um novo caminho", disse ele.
Dilma
pede união
Do
Chile, onde se encontra com a presidente Michelle Bachelet, a presidente Dilma
Rousseff pareceu não se incomodar com a provocação e mostrou estar ciente do
rumo que precisa tomar. "O que é necessário para o Brasil recuperar o grau
de investimento? Temos que estabilizar a situação fiscal. É fundamental que as
pessoas percebam que não existe o fim em si de equilibrar o orçamento do Estado
brasileiro. Você faz isso porque é essencial para que se crie um ambiente
favorável ao investimento, que esteja com inflação controlada e que permita que
haja um horizonte de expectativas positivas", afirmou.
Dilma
também falou sobre o atual ambiente de intolerância. "Além disso, o Brasil
precisa se unir. O Brasil não pode sistematicamente se mostrar desunido, todas
as pessoas pessimistas. Todas as pessoas eu não digo, porque eu acho que o povo
brasileiro é um otimista, mas grupos muito pessimistas que só olham a parte
mais vazia do copo e isso nós não podemos permitir."
Até
agora, a guerra política fomentada por Aécio e seus aliados já causou grandes
prejuízos ao País. Tendo que atuar em diversos campos de batalha para
sobreviver politicamente, o governo da presidente Dilma Rousseff não conseguiu
recuperar a iniciativa nem fazer avançar reformas no Congresso capazes de
equacionar a questão fiscal.
De
2014 para cá, o Brasil já foi rebaixado por três agências de risco e milhares
de pessoas perderam seus empregos, mas o 'quanto pior, melhor' não rendeu
frutos para o PSDB. Ao contrário, os tucanos perderam apoio popular, assim como
o PT. A única coisa que se conseguiu até agora, além de aprofundar a recessão,
foi fazer com que germinassem as sementes do fascismo no País.
Enquanto
o Brasil sangra, fica no ar a questão: é possível esperar de Aécio algum gesto
de grandeza?
Fonte:
brasil247
0 Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do BVO - Blog Verdades Ocultas. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia os termos de uso do Blog Verdades Ocultas para saber o que é impróprio ou ilegal.