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Bomba nos índios,bombas a granel, pra nos fazer chorar de vergonha.



Do tijolaco


Darcy, gente que faz isso é má, de maldade sem conserto

Meu querido Darcy, ainda bem que você não está aqui para ver isso.
É porque eu sei, que de careca e câncer, você ia fazer sua bengala de borduna para dar nessa gente na qual o velho Marechal Rondon daria de relho, com todo o merecimento, como aquele outro barbudinho há 2 mil anos fez com quem profanava o templo.
Uns policiais de merda, que acham que um concurso público lhes dá o direito de serem uns filhos da puta, atiraram bombas, Darcy, naqueles índios desarmados, que foram pedir, implorar, chorar, gritar, para que se deixe eles terem um pedacinho da terra que era toda deles e que nós roubamos.
Não sei se agiram porque são uns brutos, cheios de poder, ou se obedeceram ordem de outro imbecil de terno, um destes gravatinhas para quem terra é só uma sujeira que enlameia os sapatos.
Bomba nos índios, Darcy, bombas a granel, pra nos fazer chorar de vergonha.
Da vergonha que vem de dentro, porque vemos os brasileiros mais brasileiros e mais frágeis sendo tratados assim.
Da vergonha que virá de fora, quando os jornais do mundo inteiro nos publicarem como um país de brutos, mas não daqueles que se entocam nas brenhas, com seu roçado de mandioca, sua vida frugal, seu quase-nada para viver.
Ia chamar os agressores de selvagens, mas a palavra é ruim, Darcy, porque os homens e mulheres da selva não faziam nada demais, gritavam, cantavam e dançavam. Não atiraram flechas, mas lhes jogaram bombas.
Ah, Darcy, eu sei que você estaria entre os homens brancos que também tomaram bombas e gás porque foram defendê-los.
Mas não pode, não é, professor?
Então passe cá a sua bengala, que eu faço ela de borduna para dar nestes miseráveis que não são dignos de serem chamado de brasileiros, porque não respeitam quem, antes deles, estava aqui e agora correm o risco de não estar mais em lugar nenhum, vagando pelas periferias, sem eira nem beira.
Sem terra, sem alma, sem identidade, à espera que uns prepotentes lhes ateiem fogo na sarjeta, como lixo.

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