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DEPUTADOS DO PT CRITICAM ATUAÇÃO DE MORO, QUE SE NEGA A RESPONDER PERGUNTAS “OFENSIVAS”



247 com Agência Câmara - O juiz Sergio Moro participou nesta quinta-feira, 30, de audiência pública da comissão especial que analisa mudanças no Código de Processo Penal (PL 8045/10).


Durante o depoimento, Moro foi questionado por deputados do PT a respeito de decisões que adota na condução dos processos relativos à Operação Lava Jato.

O presidente da comissão especial, deputado Danilo Forte (PSB-CE), chegou a cortar a palavra do deputado Zé Geraldo (PT-PA), que acusou Moro de abuso de autoridade. "Ninguém cometeu mais abusos de autoridades que você", afirmou Zé Geraldo, dirigindo-se a Moro. Assista acima.

Os deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ) questionaram atitudes e decisões de Moro relativas aos processos da Operação Lava Jato, que correm na Justiça Federal de Curitiba (PR).

Paulo Teixeira indagou o juiz a respeito do vazamento de interceptação telefônica de conversa entre a então presidente da República Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antes da votação do processo da abertura do processo de impeachment de Dilma, na Câmara. "Vossa excelência quebrou o sigilo telefônico da presidente Dilma e foi repreendido pelo ministro Teori Zavascki [do Supremo Tribunal Federal]. No contexto de um golpe parlamentar, vossa excelência queria derrubar a presidente Dilma?", perguntou. Assista:
"Por que vossa excelência pediu desculpas ao Supremo no caso da interceptação da ex-presidente Dilma?", perguntou Wadih Damous, que criticou os métodos e as decisões de Moro. "Em função do que acontece no Paraná, não sei se estou ensinando corretamente aos meus alunos de Direito. O que se percebe hoje é um laboratório punitivista, em que os fundamentos do estado democrático de Direito estão sendo pulverizados", destacou o parlamentar do PT. Assista:Moro negou que pratica o que alguns críticos chamam de ativismo judicial – quando o juiz participa ativamente da fase pré-processual, de investigação. "No caso da Lava Jato, minha posição como juiz é totalmente passiva. Eu aprecio pedido das partes, mas muitas vezes o cumprimento imparcial da lei é compreendido como ativismo", declarou. Moro não quis responder perguntas que considerou ofensivas feitas durante o depoimento. "Não me cabe aqui ficar respondendo a parlamentares que fizeram perguntas ofensivas. Peço escusas, mas não vou responder", disse.




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