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O REAL SEM LEI E SEM SENTIDO




Desde cedo aprendemos que o bem sempre vence o mal, que o amor suplanta o ódio, que a esperança é a última a morrer. Éramos crianças e nossos pais, avôs, tios e professores repetiam as histórias dos triunfantes benfeitores para que agíssemos com desprendimento, pois a magnanimidade é uma qualidade que deve ser transmitida pela educação, desde a mais tenra idade. Pois bem, crescemos. E tristemente constato que não soubemos captar nem perpetrar os ensinamentos dos mais antigos. Mas, por incrível que pareça, continuamos a arrotear a generosidade aos nossos filhos. É um barato!

Dizemos aos nossos pequenos infantes sadios e grimpantes (a bênção, Vinícius!) que não somos melhores que o outro, mas hierarquizamos nossa conduta pessoal e, principalmente, laboral a todo instante. Nada mais maquiavelicamente verdadeiro que o "dê poder ao homem e verá quem ele é". Por nós as crias são acedidas a não discriminar cores, sexos e demais, porém, somos os primeiros a mudar de calçada quando surge um cidadão negro homossexual tatuado em nossa vista. Há inúmeros exemplos da hipocrisia maligna que sai da boca do homem em direção à cóclea de uma criança.

Ficamos intolerantes e raivosos, não só atrás de um computador. Sentamos num trono de ouro e não enxergamos senão o nosso umbigo. Politicamente, então, é um desafio à nossa segurança assumir um lado (mesmo que todos já saibam) e o altercar. A cada dia surge um imbecil em potencial que invariavelmente nos denominam como "asnos", "jumentos", "burros" ou "mulas". Infelizmente é o passado repetindo o futuro, quando, desde 1500, a visão soberana e o poder dominante no Brasil são os da plumitiva classe oligárquica. Tivemos um fogo-fátuo com Lula e Dilma, interrompido justamente por essa gente que não sabe olhar além do que se vê. Criam-se factoides, repetem a mentira até virar verdade, arrebanham-se apoio popular e voltemos a 1886.

Sem demagogia e com coragem, eu torço pelo amor. E desejaria que muitas pessoas fizessem o mesmo, pois o ódio não é real, é uma ausência. E triste é quando as flores da Terra estão murchas.

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