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Senador Renan Calheiros denuncia 'pressão' de Cunha e diz que 'se interferi será pior'; CONFIRA!



O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou nesta quarta-feira (20) a declaração do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que pode haver uma "paralisia no Congresso Nacional enquanto os senadores não concluírem a análise do processo de impeachment. Colega de partido de Cunha, Renan que, quanto mais o presidente da Câmara “tentar interferir”, “só vai atrapalhar".

Nesta terça (19), diante da decisão do presidente do Senado de marcar a eleição da comissão especial que analisará o caso para a semana que vem, Cunha afirmou que a demora no desfecho do impeachment poderia “causar muitos prejuízos” ao país.

Em resposta, Renan enfatizou que paralisar as ações do Legislativo é muito ruim porque, segundo ele, ninguém vai se beneficiar do lockout, do agravamento da crise, do desemprego, do aumento da desesperança.

"Quanto mais o presidente da Câmara tentar inteferir no ritmo de andamento do processo no Senado, sinceramente, ele só vai atrapalhar", advertiu Renan Calheiros.

Desafeto do Palácio do Planalto, o presidente da Câmara disse que iria colocar os projetos em pauta, mas que nenhum deputado vai reconhecer daqui para frente as propostas encaminhadas ao parlamento pelo Executivo.

Renan destacou nesta quarta que deixar de votar matérias importantes só irá prejudicar o país. Ele também lembrou que, enquanto o processo andava na Câmara, o Senado não deixou de realizar votações.

"Por mais que queira, o Senado não pode atropelar prazo, nem deve fazer isso perante a história. Enquanto a Câmara votava autorização do impeachment, o Senado deliberava”, ponderou Renan.

Após o presidente do Senado rebater as declarações de Cunha, a assessoria da Câmara divulgou uma nota na qual nega que o deputado do PMDB tenha ameaçado paralisar as atividades da Casa (leia ao final desta reportagem a íntegra da nota).

Segundo o comunicado, Eduardo Cunha teria dito que "a Câmara pode parar por vontade da maioria dos parlamentares".

Agravamento da crise

O presidente do Senado insistiu que a paralisação de uma das casas do Legislativo só agravará a crise. "Acho que nesse momento de dificuldade do povo brasileiro, cada casa pretender [...] interferir na outra Casa, isso é muito ruim, ou paralisar as suas ações é muito ruim porque ninguém vai se beneficiar do lockout, do agravamento da crise, do desemprego, do aumento da desesperança."

Renan defendeu uma tramitação com "responsabilidade" e "muito cuidado". "É um processo longo e traumático, que vai impedir um presidente da República eleito pelo povo. Então, é preciso ter todo o cuidado. Na última vez que o Senado votou o impeachment [do ex-presidente Fernando Collor], ele condenu o presidente por crime de responsabilidade e o Supremo Tribunal Federal, na sequência, o absolveu. Nós temos que ter muita responabildiade com a história", alertou.

Leia a íntegra da nota divulgada pela assessoria da Câmara:

Nota à Imprensa

A propósito de afirmações do Presidente do Senado, Renan Calheiros, em matéria jornalísticas publicadas em “sites”, nesta quarta-feira (20/04), a assessoria de imprensa da presidência da Câmara dos Deputados esclarece:

a) Em momento algum o Presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, declarou que iria paralisar os trabalhos da Casa. Em entrevista gravada aos jornalistas na terça-feira (19/04) o deputado disse que a casa pode parar por vontade da maioria dos parlamentares: “Eu como presidente vou colocar a pauta para votar, os partidos é que vão decidir”, afirmou;

b) O Presidente complementou que a pauta de votações da Câmara dos Deputados continua a mesma. Enquanto o Senado não tomar uma decisão, o governo não existe mais politicamente para a maioria da Casa. Os deputados não votarão matérias do governo após autorizar os senadores a processar a presidente por crime de responsabilidade;

c) Sobre a tramitação do processo de impeachment no Senado o presidente da Câmara disse, também na terça-feira, que não faria nenhum comentário sobre a metodologia do processo, pois é uma responsabilidade do Senado.

Assessoria de Imprensa
Presidência da Câmara dos Deputados


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