A decisão praticamente unânime do Supremo Tribunal Federal que suspendeu a transferência forçada do ex-presidente Lula foi uma dura derrota para Sérgio Moro e para a Lava Jato; decisão da juíza Carolina Lebbos reuniu contra ela parlamentares de 12 partidos, da esquerda à direita, e permitiu que o STF inicie a retomada do estado de Direito, que pode culminar com a anulação da sentença ilegal contra Lula
247 - A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou a transferência do ex-presidente Lula para o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, foi praticamente unânime. Apenas o ministro Marco Aurélio Mello votou contra, mas foi favorável no mérito, apenas considerou que a competência do julgamento seria do TRF-4, instância inferior.
Por maioria, os ministros da Suprema Corte e até a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defenderam que Lula não fosse transferido para um presídio comum, como decidiu a juíza Carolina Lebbos, atendendo ao pedido da Polícia Federal, que é subordinada ao ex-juiz e agora ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública).
Dodge se manifestou a favor de Lula continuar na superintendência da PF na capital paranaense ou em uma cela especial, de sala de estado maior, em São Paulo, ou seja, considerou que a transferência assim como foi decidida pela juíza Lebbos representaria um risco para a sua vida.
Relator da Lava Jato no STF, o ministro Edson Fachin, se posicionou favorável a uma parte do recurso apresentado pela defesa do ex-presidente que trata sobre a suspensão da decisão da juíza do Paraná.
Fachin rejeitou apenas a parte do pedido da defesa que solicitava que o ex-presidente fosse colocado em liberdade até que fosse concluída a análise do habeas corpus. O voto do relator da Lava Jato foi acompanhado por outros nove magistrados.
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