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O JN, quem diria?, por Claudio Guedes





Vivi para ver, no JN, da Globo, uma jornalista da rede, Delis Ortiz, peitar um porta-voz da presidência da República. Um general de divisão. Este ficou lívido, os olhos denunciaram a incredulidade, enrolou na resposta. Nunca imaginou que seria confrontado com tanta propriedade na farsa da sua declaração que Gustavo Bebianno foi exonerado por questão de "foro íntimo".

A jornalista não compactuou com a versão que a demissão se deveu a "foro íntimo" do presidente da República.
A chantagem deu certo?

O que Bebbiano ganhou para ficar de "bico" calado?

O que significa a declaração após a exoneração do ministro da Secretaria-Geral da Presidência: "O presidente agradece sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso na nova caminhada"?

Qual será a " nova caminhada" do Bebbiano, o presidente do PSL que coordenou a distribuição de verbas públicas para candidatos fantasmas?

Onde o dinheiro público foi parar?

E o Moro? A xerife (sic) da luta contra a corrupção? Continuará calado? Ou vai fazer a PF agir contra Bebbiano, que agora não possui mais foro privilegiado?

O circo do governo Bolsonaro está só começando, mas os palhaços são a maioria disparada no picadeiro. Tem dois ou três trapezistas, também. E só.

Bebianno foi denunciado pela Folha de S. Paulo como "parte do laranjal do PSL", como deixou claro a jornalista da Globo ao porta-voz, e, aproveitando-se da denúncia, o filho de Bolsonaro, o "pitbull Carluxo", desafeto de Bebianno, criou a intriga que abalou a relação entre este e o presidente da República.

O governo de Bolsonaro sofreu o primeiro "knockdown".

Contagem aberta. Vai sobreviver. Mas cada dia mais abalado... 



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