247 - O ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper visitou nesta quitna-feira, 23, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sede da Polícia Federal em Curitiba.
Em coletiva após a visita, o líder latino-americano denunciou a prisão política de Lula e lembrou a determinação do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que exige que o Estado brasileiro garanta a Lula o direito de ser candidato.
“Lula não está só. Não nos esquecemos de sua luta contra a fome. A ONU já se pronunciou por sua candidatura”, disse Samper. “Peço que a ONU envie uma comissão para verificar o cumprimento da liminar concedida a Lula. Ele está sendo perseguido judicialmente. É um preso político e deve ser liberado para voltar a lutar pela democracia e pela inclusão social”, acrescentou.
O ex-secretário-geral da Unasul (União das Nações Sul-americanas) leu uma declaração em que afirma que a comunidade internacional está com Lula. Samper ainda alertou: “se impedirem Lula de ser candidato, se criará uma situação de dano irreparável”.
Confira abaixo a íntegra da declaração do ex-presidente:
"Vim visitar o ex-presidente Lula em seu local de confinamento em Curitiba como um ato de solidariedade pessoal e política. Eu o encontrei, como sempre, sereno, entusiasta e positivo. Carregado com idéias e projetos futuros. Ele não está sozinho. A comunidade internacional acompanha-o como o arquiteto da política que tornou o Brasil um ator global, lembra dele com carinho na América do Sul, onde eles lançaram seus programas de combate à fome e à pobreza que atraiu mais de 200 milhões de sul-americanos de pobreza. Essa comunidade tem falado esta semana, através do Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas, a alegação de que o direito é respeitado a um julgamento justo e de ser eleito nas próximas eleições presidenciais.
Peço ao Estado brasileiro, respeitoso como tem sido durante os anos de governo em uma democracia, os compromissos internacionais que fazem parte da ordem constitucional global, iremos fornecer o presidente com todas as garantias a que têm direito de competir em pé de igualdade com rivais nas próximas eleições presidenciais. Além disso, considero de grande importância que a Comissão a enviar observadores para verificar a conformidade com o seu mandato e rever a adequação do julgamento que segue Lula. Em particular, a aplicação das regras universais do devido processo e a presunção de inocência, o direito à privacidade de defesa e auto-teste controvérsia.
Aqueles que foram submetidos ao presidente Lula uma implacável quase desumano, judicial e mídia assédio, deve ser avisado de que o seu comportamento, estão endossando a cada dia maior convicção internacional de que Lula é um prisioneiro político e como tal deve ser liberado para que ele possa continuar a trabalhar para democrática, inclusiva e reconciliados para manter o sonho da prisão Brasil."
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