247 - O Vaticano deletou das redes sociais no Brasil as postagens em que contestava o teor da visita frustrada do advogado Juan Grabois ao ex-presidente Lula nesta segunda-feira 11.
A nota original divulgada no site do Vaticano ainda pode ser acessada pelo link, mas não pode mais ser encontrada na página Vatican News. O texto da nota também foi alterado no que diz respeito ao cargo de Grabois: antes chamado de "ex-consultor", ele passou a ser mencionado como "consultor do Pontifício Conselho Justiça e Paz".
O Pontifício Conselho Justiça e Paz é o principal órgão de poder depois do papa, na estrutura do Vaticano. Grabois é amigo pessoal e conselheiro do pontífice.
Argentino, como o papa, ele também é conhecido por seus trabalhos com movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Excluídos, que ajudou a fundar, além de ser Coordenador do Encontro Mundial de Movimentos Sociais e próximo do movimento de catadores de papel na Argentina.
Grabois disse que foi a Curitiba para trazer um terço abençoado pelo Papa Francisco e também uma palavra do pontífice, mas foi impedido de visitar Lula, que também divulgou em suas redes sociais ter recebido, como presente do pontífice, um rosário abençoado.
A polêmica influi na guerra política brasileira, uma vez que agências de checagem de dados ligadas a veículos de comunicação que apoiaram a derrubada da presidente Dilma Rousseff e a prisão de Lula, agora acusam sites independentes de propagarem notícias falsas.
A nota publicada no site do Vatican News, que foi escondida do site, e cujo texto foi alterado de "ex-consultor" para "consultor":
O tuíte apagado da conta do Vatican News:
Procurado pelo 247, Grabois disse que confirma tudo o que disse em Curitiba e afirmou também, por meio de um assessor, que o fato de as postagens terem sido deletadas das redes sociais do Vatican News fala por si.
Profundo conhecedor dos bastidores da Igreja Católica, o jornalista Mauro Lopes participou de uma conferência, nesta manhã, em que falou sobre os jogos de poder no Vaticano. Ele traçou um paralelo entre a polêmica atual e o caso Marielle Franco. Após o assassinato da vereadora, o pontífice telefonou para a mãe de Marielle, mas a notícia foi também desmentida pelo Vatican News. Em seguida, houve uma retificação e o Vatican News disse se tratar uma conversa privada do Papa Francisco.
Confira a explicação de Mauro Lopes:
Confira ainda o vídeo de Grabois:
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