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MARCO MAIA: POR QUE TACLA NÃO FOI OUVIDO, SÉRGIO MORO?



247, com Rede Brasil Atual - O deputado federal Marco Maia (PT-RS) questionou Sérgio Moro por que o advogado Rodrigo Tacla Duran não foi ouvido pela Justiça.

"Por 5 vezes já foi negado o pedido para que o ex-advogado da Odebrecht Tacla Durán pudesse ser ouvido como testemunha de defesa nos inquéritos da Lava Jato. Por que, Sérgio Moro?", escreveu o parlamentar no Twitter. "Odebrecht chantageava políticos? Tacla Durán diz q na CPI das Empreiteiras, o então senador Bisol foi chantageado pela empresa. O 'Efeito Bisol' era um tipo de gíria pra chantagens. Os alvos eram os próprios procuradores, o juiz Sérgio Moro", acrescentou.

Por videoconferência, Tacla falou nesta terça-feira (5) à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados sobre os bastidores da Lava Jato, como o pagamento de propina para o acerto de colaborações premiadas.

Tacla, que atuou como consultor da Odebrecht, voltou a afirmar que os sistemas eletrônicos Drousys e MyWebDay, utilizado pela construtora para gerenciar o pagamento de propinas, teriam sido adulterados de modo a produzir provas para incriminar figuras que estariam no alvo de procuradores da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba.

O advogado também destacou as negativas da Lava Jato em ouvi-lo sobre esses indícios de fraude na produção de provas. Segundo ele, antes de servirem como provas em diversas condenações, as planilhas da Odebrecht deveriam ter sido periciadas pela Justiça, que poderia comprovar assim as ditas manipulações.

Tacla Duran foi arrolado como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas teve por cinco vezes o seu depoimento negado pelo juiz Sérgio Moro. Ele denunciou o "cerceamento" do direito de defesa no âmbito da Lava Jato: "Amordaçar testemunhas é sinal claro de que não está se fazendo Justiça".

A recusa de Moro e da força-tarefa de Curitiba em ouvir as explicações de Tacla Duran, se deve, segundo o advogado, ao fato de ele não ter assinado acordo de delação premiada com a Lava Jato, que teria condições "melhoradas" após negociação realizada pelo advogado Carlos Zucolotto, ex-sócio da esposa do magistrado, Rosângela Wolff Moro, e padrinho de casamento do casal.

"Zucolotto me propôs que lhe desse 5 milhões de dólares em troca de proteção na Lava Jato", afirmou Tacla Duran, que comentou ter conhecimento sobre outros advogados que também "venderam proteção" contra acusados, o que configuraria um modus operandi da força-tarefa.



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