SP 247 - O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) provocou o procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol, após o representante do Ministério Público Federal no Paraná anunciar que faria "jejum" no julgamento do Habeas Corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal no último dia 4.
"Caro Dallagnol.Tem jejum previsto para hoje? Vai ser julgada a denuncia contra o Aécio. Lembra do caso? Ele levou R$ 2 milhões e mandou um interlocutor para pegar o dinheiro, alguém que se poderia matar para não fazer delacão", escreveu o parlamentar em sua conta no Twitter. "O STF decide hoje se torna Aécio Neves réu por corrupção e obstrução de justiça. Vale lembrar, dois anos após o golpe, que o Brasil agora adapta o Código de Processo Penal para cada partido. O dos tucanos é de uma generosidade jamais vista", acrescentou.
No dia 1 de abril, o procurador postou no Twitter. "4ª feira é o dia D da luta contra a corrupção na #LavaJato. Uma derrota significará que a maior parte dos corruptos de diferentes partidos, por todo país, jamais serão responsabilizados, na Lava Jato e além. O cenário não é bom. Estarei em jejum, oração e torcendo pelo país".
Aécio foi gravado pedindo R$ 2 milhões ao dono da JBS, Joesley Batista, para supostamente pagar advogados. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB. Segundo a PF, que filmou a cena, o dinheiro foi depositado numa empresa do senador Zeze Perrella (PMDB-MG).
O tucano tratou a propina como venda de apartamento. "Foi proposta, em primeiro lugar, a venda ao executivo de um apartamento de propriedade da família. O delator propôs, entretanto, já atendendo aos interesses de sua delação, emprestar recursos lícitos provenientes de sua empresa, o que ocorreu sem qualquer contrapartida, sem qualquer ato que mesmo remotamente possa ser considerado ilegal ou mesmo que tenha qualquer relação com o setor público. Registre-se ainda que a intenção do senador sempre foi, quando da venda do apartamento, ressarcir o empresário", disse ele, em nota.
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