247 - Diante da situação cada vez mais complicada de Michel Temer, que está prestes a perder o apoio do PSDB, o principal partido de sua base, Rodrigo Maia já trabalha com um cenário em que esteja no Planalto.
O presidente da Câmara pretende manter postura "institucional", sem defender o governo, mas também sem articular sua derrocada.
Num cenário de afastamento de Temer, Maia assume como interino por seis meses, mantém a coalizão de partidos da base e aprova reforma mínima da Previdência.
Esse cenário tem ganhado força com o apoio de empresários e agentes do mercado. A avaliação é que o fatiamento das denúncias contra Temer levará a agenda do governo e do Congresso a ser unicamente a das investigações. A economia ficará em segundo plano. Em setembro, se Temer se salvar, o calendário já será o das eleições de 2018 e não haverá mais chances de votar as reformas.
O afastamento de Temer e a posse de Maia, mesmo como interino, daria fôlego para a coalizão governista tentar uma agenda econômica mínima para mostrar à sociedade na eleição. A reforma da Previdência seria a possível: aprovação de idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres - uma versão mais completa, só no próximo mandato.
As informações são de reportagem de Raphael Di Cunto e Marcelo Ribeiro no Valor.
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