247 - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, interpretou a conversa do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, em interceptação telefônica feita pela Polícia Federal, como uma tentativa de barrar a Operação Lava Jato.
"Obviamente, não se quer criminalizar a legítima atividade parlamentar, mas essa sequência de fatos mostra claramente que alguns parlamentares, em especial o ora denunciado, valeu-se de seu mandato, outorgado pelo voto popular, não apenas para se proteger das investigações da 'Operação Lava Jato', mas também para barrar o avanço do Estado na descoberta de graves crimes praticados pelas altas autoridades do país, num verdadeiro desvio de finalidade da função parlamentar", escreveu Janot na denúncia apresentada contra o tucano por corrupção passiva e obstrução à Justiça.
No diálogo, Aécio pede a Gilmar que telefone para o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) a fim de que ele siga o voto favorável de Aécio ao projeto de lei de abuso de autoridade, que chegou a tramitar no Congresso.
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