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Procurador que denunciou o mensalão do PT, diz que Lula não cometeu nenhum crime diante de Moro



Via Cafezinho

Até mesmo o profundamente antipetista Antonio Fernando de Souza, o procurador-geral que atuou no mensalão de forma muito agressiva, chancelando toda aquela farsa da Ação Penal 470, defendeu o presidente Lula diante de Sergio Moro e procuradores de Curitiba, explicando que Lula fortaleceu o ministério público, a polícia federal, e rompeu com a prática de nomear pessoas do próprio partido ou de “confiança” para cargos de primeiro e segundo escalão.

Com Souza e Claudio Fonteles, que também defendeu Lula, já são 67 testemunhas que não apenas não apresentaram nenhuma prova contra Lula, como o defenderam.

E a mídia, mesmo assim, fica antecipando a condenação de Lula por Sergio Moro. Afinal, não importam provas. Apenas convicções, certo?

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No jornal GGN

Procurador do mensalão nega ilícitos de Lula a Moro

QUI, 02/03/2017 – 15:54
ATUALIZADO EM 02/03/2017 – 16:21

Jornal GGN – Em novos depoimentos prestados ao juiz Sérgio Moro, na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, os antecessores de Rodrigo Janot e ex-procuradores da República, Cláudio Fonteles e Antônio Fernando de Souza, afirmaram que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rompeu práticas de governos anteriores, de nomear pessoas de confiança do governo para funções públicas e cargos de primeiro e segundo escalão.

Fonteles atuou no Ministério Público Federal (MPF) de 2003 a 2005, e Souza de 2005 a 2009. Ambos foram os primeiros colocados de uma lista tríplice votada pelos próprios procuradores, iniciada com o governo Lula, o que concedeu à corporação caráter de maior autonomia e independência.


Prestando depoimento nos processos que colocam Lula como réu do chamado triplex do Guarujá, que sustenta o suposto benefício do ex-presidente com obras de empreiteira, como favorecimento por esquema de corrupção, os procuradores enfatizaram que Lula, ao contrário das supostas benesses, fortaleceu os órgãos de investigação, sobretudo relacionados ao combate da corrupção e, inclusive, o Ministério Público, possibilitando-o a atuar a entidade nas atuais investigações.

Num dos desdobramentos da denúncia dos procuradores da República, eles sustentaram que o ex-presidente e seu grupo político foram os responsáveis por manter as supostas práticas ilícitas deflagradas na ação penal 470, o chamado “mensalão”, levando-as para a Petrobras.

Nessa linha, os advogados do ex-presidente convidaram o procurador Antônio Fernando, que foi o responsável por oferecer a denúncia do mensalão. O procurador disse que Lula não teve qualquer envolvimento nos fatos apurados à época e que, por isso, sequer foi incluído nas investigações.

Ressaltou, ainda, que “denunciar Lula seria um ato político”, uma vez que não era possível comprovar qualquer ilícito supostamente praticado pelo ex-presidente, como sustentam os procuradores da Lava Jato e os delegados da Polícia Federal.

Fernando defendeu que a denúncia deve ser decorrente de elementos probatórios que a sustentam e não podem ser estimuladas por atos voluntários de acusadores. Até o momento, já somam 67 testemunhas ouvidas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o advogado Cristiano Zanin Martins, do total de depoimentos, nenhum confirmou a tese da Lava Jato ou apresentou “nenhuma prova contra o ex-presidente”.


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