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247 - O novo relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, manteve na pauta de amanhã do plenário o julgamento de uma reclamação em que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pede para ser solto. O julgamento, se confirmado, será uma espécie de termômetro da disposição de Fachin em relação aos processos da Lava-Jato. A defesa de Cunha questiona na reclamação a ordem de prisão preventiva emitida pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava-Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba.

As informações são de reportagem do Valor.

"As chances de Cunha ser solto pelo plenário do STF são consideradas remotas - bem menores que se a discussão ocorresse na 2ª Turma, como estava previsto inicialmente. Cunha não conta com a simpatia da maioria dos atuais dez integrantes do Supremo e a Corte chegou inclusive a afastá-lo da presidência da Câmara, uma medida drástica tomada apenas em situações bastante graves. Eventual decisão favorável ao ex-deputado agora seria considerada uma reviravolta no andar da Lava-Jato.

Em dezembro, a reclamação de Cunha quase foi a julgamento na 2ª Turma, quando havia a expectativa de que o ex-deputado seria libertado. Mas o então relator da Lava-Jato, Teori Zavascki, morto em acidente aéreo em janeiro, acabou retirando a reclamação da pauta para remetê-la ao plenário, após indicações de que Cunha contaria na turma com votos suficientes para ser solto.

A possibilidade de o ex-deputado ser libertado na época preocupou investigadores ligados à Lava-Jato. Para eles, eventual soltura de Cunha poderia abrir um precedente para tirar da cadeia diversos outros acusados de desviar dinheiro da Petrobras."

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