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As últimas 24 horas que abalaram o Brasil

Oficial de justiça (à direita) chega à residência oficial da presidência do Senado, onde o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) já o esperava. Renan não assinou o documento. Adriano Machado / Reuters



Por incrível que pareça, tudo isso aconteceu no Brasil nas últimas 24 horas

Além da briga entre Senado e Supremo, entre segunda e hoje ocorreram: críticas à reforma da Previdência, a prisão da ex-primeira-dama do Rio pela Lava Jato e um confronto violento em frente à Assembleia do Rio.

Desde a tarde de segunda (5), quando o ministro do STF Marco Aurélio Mello determinou em decisão provisória o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado, os principais atores da política nacional rapidamente reagiram à deliberação do magistrado.


Em 24 horas, a crise escalou muito rapidamente, e talvez você não tenha conseguido acompanhar tudo o que aconteceu.


1. Primeiro, Renan recusou-se a receber o oficial de justiça para ser comunicado oficialmente sobre seu afastamento. E assim foi ficando.



2. Em seguida, a Mesa Diretora do Senado pegou em armas, recusou-se a cumprir a decisão de Marco Aurélio e acabou com a história de que “ordem judicial não se discute, cumpre-se”.

Renan chega ao Senado para a reunião da Mesa Diretora. Ao fundo, o senador Jorge Viana (PT-AC), primeiro-vice-presidente da Casa e substituto natural do peemedebista. Marcelo Camargo / Agência Brasil

3. Uma importante reação veio de dentro da própria Casa. Humberto Costa (PT-PE) disse que a decisão da Mesa Diretora não deveria ser considerada e que Jorge Viana é o real presidente do Senado. Outros senadores, como o antipetista declarado Ronaldo Caiado (DEM-GO), concordaram com Costa.

Ueslei Marcelino / Reuters

4. Em meio a tudo isso, a Polícia Federal prendeu Adriana Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio de Janeiro, em um desdobramento da Operação Lava Jato.

A mulher do ex-governador Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, no dia em que o marido foi preso. Ambos viraram réus nesta terça (6), por determinação da Justiça do Rio. Ricardo Moraes / Reuters
5. Aí a treta com Renan continuou, mas desta vez dentro do Supremo. O ministro Gilmar Mendes, que não é muito amigo de Marco Aurélio, disse que o colega é “doido”, “inimputável” — não pode ser responsabilizado por seus atos — e merece um “impeachment”.

Em entrevista, Gilmar disse o seguinte: “No Nordeste, se diz que não se corre atrás de doido porque não se sabe para onde ele vai”. Inclusive, não foi a primeira vez — em 2016 — que Gilmar ironizou uma decisão tomada pelo ministro Marco Aurélio. Paulo Whitaker / Reutersu

6. Marco Aurélio não respondeu a provocação: “Eu não posso acreditar. Sem comentários”, disse ao jornal O Globo. Amanhã, os ministros estarão frente a frente no plenário, durante o julgamento da decisão tomada por Marco Aurélio e criticada pelo colega.

STF / Divulgação / Via fotospublicas.com

7. Como se já não bastasse a crise entre Senado e Supremo, o Planalto enfrenta críticas por causa da proposta de reforma da Previdência apresentado pelo presidente Temer e pela equipe econômica de Henrique Meirelles (Fazenda), na segunda (5).

Adriano Machado / Reuters

8. Um dos pontos que rendeu mais críticas à reforma proposta diz respeito à manutenção dos privilégios às Forças Armadas. Em 2015, a previdência dos militares gastou R$ 35,1 bilhões, mas arrecadou apenas R$ 2,6 bilhões.

Miguel Schincariol / AFP / Getty Images

9. Ainda nesta terça (6), no Rio, servidores que protestavam em frente à Assembleia Legislativa entraram em confronto com a Polícia Militar — que já havia prendido alguns deles na noite anterior. O local, no centro da cidade, virou uma “praça de guerra”, segundo O Globo.

Fernando Frazão / Agência Brasil

10. E foram divulgados os dados do Pisa, índice internacional que compara o desempenho de estudantes do ensino médio em vários países. A conclusão é que a maioria dos alunos brasileiros não sabe fazer contas direito (70,3%) e não entende os textos que lê (51%).

Pedro Ribas / ANPr



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