Do Blog do Esmael
O massacre ocorrido em 29 de abril do ano passado, quando 213 professores ficaram feridas, em Curitiba, poderá se repetir em questão de horas se não houver uma forte reprovação da sociedade. Só que agora, o governador Beto Richa (PSDB)planeja atacar estudantes que ocupam escolas e o Núcleo Regional de Educação na capital. São meninos e meninas, adolescentes de 14, 15 e 16 anos. São várias Anas Júlias e Nicoles que o tucano quer calar com a violência de cassetetes, bombas, spray de pimenta e bala de borracha.
A crise institucional vivida no Paraná é uma pequena amostra do que ocorrerá no país se Michel Temer (PMDB) não tiver a grandeza de retirar da pauta a MP 746 (reforma do ensino médio) e a PEC 55 (antiga PEC 241) que congela investimentos na educação pelos próximos 20 anos.
Ontem (31), em assembleia da APP-Sindicato, educadores decidiram retornar às salas, mas a tensão na área educação é ainda enorme. Houve um princípio de divisão entre professores, servidores de escolas, pais e alunos em virtude do fim da greve e das paralisações do magistério.
Richa temia reflexo da violência policial contra a juventude no resultado das urnas, por isso ele só acionou a PM de forma intensiva após o 2º tuno. Portanto, horas depois de proclamado o escrutínio pelo TRE, onde se soube os vitoriosos e os derrotados, eis que o tucano mobilizou todo o aparato repressivo para massacrar meninos e meninas do Paraná. Uma história já conhecida em 29 de abril de 2015 (clique aqui para recordar).
Segundo denunciou a aluna Mariana, 16 anos, do Colégio Estadual Padre Arnaldo Jansen, de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, as tentativas de desocupações de escolas, pela via privada, isto é, pelas milícias do MBL – Movimento Brasil Livre — teriam a retaguarda até do tráfico de drogas. Tudo debaixo do nariz de Beto Richa, conforme já alertado pelos diligentes deputados Tadeu Veneri (PT), na Assembleia Legislativa do Paraná, João Arruda (PMDB), na Câmara Federal.
“O governador erra ao rotular lutas legítimas dos estudantes como casos de polícia. Ele vai ser responsabilizado criminalmente se houver alguma violência contra essa juventude que dá aula de cidadania. A sociedade está com esses meninos e meninas para o que der e vier”, disse Arruda.]
O NRE de Curitiba fica na Rua Inácio Lustosa, 700, bairro São Francisco.
Com a palavra o Ministério Público, o Conselho Tutelar e a Defensoria Pública.
Assista ao vídeo do Mídia Ninja:
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