SÃO PAULO (Reuters) - A mineradora Vale informou nesta sexta-feira que a Justiça Federal em Belo Horizonte determinou que a companhia, a BHP Billiton e a Samarco efetuem em 30 dias depósito complementar de 1,2 bilhão de reais para acautelar futuras medidas reparatórias ao desastre em Mariana (MG), no ano passado.
A Justiça deliberou ainda que as empresas comprovem em um prazo de 90 dias que os vazamentos de rejeitos de mineração na região de Mariana foram definitivamente estancados, segundo fato relevante.
Também foi determinado que as companhias apresentem em seis meses estudos conclusivos, com o devido aval dos órgãos ambientais, sobre o plano de ação e viabilidade da retirada da lama depositada nas margens do Rio Doce, seus afluentes e adjacências de sua foz.
A Vale afirmou ainda que "continuará adotando todas as medidas para assegurar seu direito de defesa dentro dos prazos legais e manterá o apoio à Samarco para que continuem sendo adotadas as medidas de reparação...".
Em comunicado recente, a Samarco informou que vem implantando uma série de obras para prevenção e recuperação ambiental.
Uma das mais recentes obras emergenciais, disse a Samarco, é no dique S4, que integra um sistema de retenção de sedimentos.
A empresa também disse que estão sendo realizadas ações nas margens dos rios, além de monitoramento da qualidade da água do Rio Doce.
O rompimento da barragem de Fundão, em novembro do ano passado, provocou a morte de 19 pessoas e causou o pior desastre ambiental do país.
Em meados de outubro, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça 22 pessoas e 4 empresas, sendo 21 pessoas por homicídio qualificado com dolo eventual, pelo rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco.
(Por Roberto Samora)
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