Paraná 247 – Uma decisão da reintegração de posse do Colégio Estadual do Paraná, o maior do estado, solicitada pelo governador Beto Richa (PSDB), tem causado tensão nesta sexta-feira 28 entre a Polícia Militar e alunos que fazem parte da ocupação estudantil que já ocupa mais de mil instituições de ensino no País.
Os estudantes do CEP se recusam a cumprir a ordem judicial, que foi expedida pela juíza Patrícia de Almeida Gomes, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba. A Polícia Militar chegou armada ao local nesta tarde para iniciar a intervenção. "Ocupar e resistir!" é a palavra de ordem no Colégio.
Para o jornalista Esmael Morais, do Paraná, que atualiza o episódio em seu blog, "poderá haver um massacre, repetindo 29 de abril de 2015, quando 213 professores foram violentamente surrados no Centro Cívico".
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) também comentou o caso no Twitter: "Atenção Ctba, prestem atenção a violência do Richa contra alunos do Colégio Estadual do Paraná. Solidariedade a nossa juventude rebelde". "A violência policial contra os alunos do Colégio Estadual do Paraná é pior que o roubo do fisco, as escolas pagas e não construídas", escreveu também.
O movimento dos estudantes no País protesta contra a PEC 241, do governo de Michel Temer, que congela gastos públicos pelos próximos 20 anos, prejudicando o investimento na educação, a MP da reforma do ensino médio e o projeto Escola Sem Partido. De acordo com o último balanço divulgado pela Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), há 1.177 escolas ocupadas em todo o Brasil.
Confira o vídeo do momento em que os oficiais de Justiça chegam ao colégio:
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