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AÇÃO FASCISTA CONTRA ESTUDANTES EM JURUAIA- MG, CAUSA INDIGNAÇÃO E REQUER PROVIDÊNCIAS



Imagem Reprodução - Edição: Fátima Miranda


A rejeição à PEC 241, também conhecida como PEC da morte,  e à reforma do ensino médio, só cresce e faz com que mais estudantes absorvam a ideia de ocupação de escolas por todo país.

Os estudantes despertaram para os riscos que a educação, bem como outros direitos, correm caso essa PEC seja aprovada.

Com os movimentos estudantis, cada vez mais os estudantes tem aprendido sobre política e cidadania, o que foi reiterado pela estudante secundarista Ana Júlia, de 16 anos, na Assembleia Legislativa do Paraná. Segundo Ana Júlia, os estudantes tem aprendido muito mais sobre política e cidadania em dois dias de movimento estudantil, do que anos sentados e enfileirados em salas de aula.

A  estudante Ana Júlia, após dar uma verdadeira aula de cidadania aos parlamentares, que atenciosamente a ouvia discursar, mostra de forma clara como os jovens estudantes tem de fato, se preocupado com o futuro da educação e também, do Brasil.

Ao ser interpelada pelo presidente da mesa, que ameaçou impedir a estudante de concluir o seu discurso, ao dizer que, com a morte do estudante Lucas, aqueles parlamentares "estavam com suas mãos sujas de sangue", Ana Júlia pede desculpas e faz referência ao ECA quando diz, que os adolescentes e estudantes são responsabilidade da família, da sociedade e do Estado. Dessa forma, a estudante faz com que as consciências daqueles parlamentares repita em tom agudo e ecoante, o que foi dito por ela.

Ana Júlia mencionou leis e artigos da Constituição Federal em seu discurso eloquente, centrado, e fundamentado, impressionando aqueles que a ouvia e justificando de forma irrefutável  a legitimidade das ocupações das escolas como forma de protesto contra a PEC 241 e a reforma do ensino médio.

Ações de fascismo por parte da polícia a mando do Estado, também tem se espalhado pelo Brasil. prisão de estudantes, ameaça de delações, invasão de escolas, etc. Por conta disso, escolas vem sendo desocupadas, porém, algumas voltaram a ser reocupadas como é  o caso dos colégios estaduais Castro Alves e Agostinho Pereira, ambos no município de Pato Branco, na região Sudoeste do Paraná, foram reocupados na manhã desta quinta (27) pelos estudantes secundaristas. A retomada ocorre menos de 24 horas depois de a "Avalanche Ana Júlia" "arremeter-se" sobre a Assembleia Legislativa.

Apesar dos avanços do movimento Ocupa Escola por todo Brasil, nessa terça-feira (25), na pequena cidade de Juruaia, região Sul de Minas, o fascismo mostrou seus dentes, quando estudantes que ocupavam a Escola Estadual Eduardo Senedese, foram surpreendidos por populares raivosos, que investindo contra os participantes e agredindo estudantes, frustraram o movimento, dando fim à ocupação.

Hoje a estudante e tesoureira do Grêmio Estudantil, Carla Cristina Oliveira, nos concedeu entrevista relatando a truculência dos invasores.

Convidamos toda sociedade a refletir sobre os seus direitos que estão à beira do abismo, prestes a serem precipitados por vinte ou mais anos, sejam racionais, apoiando a luta desses pequenos grandes guerreiros, que valorosamente, mesmo sendo menores e com pouca experiência de vida, tem se colocado à frente desse combate para lutar por garantias de direitos de toda sociedade e para impedirem o desmonte do Estado brasileiro.

Sejam solidários a esses honrados soldados, que hoje enfrentam uma verdadeira batalha, muitas vezes física, moral e psicológica, com o único objetivo de salvar direitos, muitos deles conquistados a duras penas. Apoie uma escola ocupada!

***Esperamos sinceramente que providências cabíveis sejam tomadas com os rigores da Lei, afinal, houve violência contra menores. Chamamos a atenção do Conselho Tutelar, da Secretaria Estadual de Direitos Humanos, bem como demais autoridades a quem compete tomar providências.***


CLIQUE NA SETA E OUÇA O ÁUDIO COM A ENTREVISTA:

Nota do Grêmio Estudantil de Juruaia sobre a invasão à ocupação da escola e violências contra estudantes.

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