Por Esmael Morais
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) foi ao ataque ante a ameaça da cúpula nacional de expulsá-lo do partido devido às críticas dele contra o impeachment de Dilma Rousseff e em defesa da legalidade democrática.
“Sugiro aqueles que pedem minha cabeça no PMDB que se apresentem voluntariamente em uma penitenciária para cumprir a pena que merecem”, fuzilou o parlamentar, que é uma espécie de muso contra o golpe de Estado e um dos principais articuladores do plebiscito para antecipar a eleição presidencial.
A maioria dos mandachuvas no PMDB nacional é réu, investigado ou delatado na Lava Jato — a começar pelo interino Michel Temer, passando pelo deputado Eduardo Cunha (RJ) e os senadores Romero Jucá (RR) e Renan Calheiros (AL). Também entra nessa lista do STF o ministro da Casa Civil Eliseu Padilha.
Ou seja, é essa quadrilha que está julgando a presidente eleita Dilma Rousseff.
Requião negou que seja dissidente na legenda peemedebista.
“Na verdade, não sou dissidente do PMDB. Dissidente é quem pratica corrupção, quer vender o país, trabalha com pixuleco, despreza nosso país”, disse.
O senador pediu apoio à base partidária para continuar à frente da agremiação no Paraná. Ele lembrou que tem posições conhecidas e limpas.
“Alguém pediu a minha cabeça no PMDB nacional porque não sou ladrão, não pertenço a quadrilha, sou nacionalista”, denunciou Requião.
Durante a semana, o senador paranaense alertou que o interino Michel Temer (PMDB)promoverá uma guerra civil se congelar gastos públicos por 20 anos, como prevê a PEC 241. “É a proposta mais idiota e desumana em toda a História”, afirmou.
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