Se houvesse um Prêmio Nobel da Estupidez, Roando Caiado seria candidato permanente à “honraria”.
Anos atrás, quando queria evitar a aprovação da PEC do Trabalho Escravo. que previa a desapropriação das fazendas onde este fosse constatado, dizia que preferia que mandassem para a cadeira elétrica ou à prisão perpétua: “Mas não ataquem a propriedade privada!”.
Ainda bem que a proposta foi aprovada mas não regulamentada até hoje, porque o tio do deputado, Antonio Ramos Caiado Silva entrou na lista dos que ser servia de trabalho escravo e Caiado não teve de mandar o parente para a forca.
Agora, Caiado vai de novo ao território do ridículo, indo à Procuradoria da Justiça pedir ao Dr. Janot que acione Dilma Rousseff por causa da vaquinha – muito bem sucedida, aliás – para recolher recursos para viajar pelo Brasil contra o golpe.
O argumento? Diz Caiado que o sistema de “crowdfunding” impede que seja checada a origem e a legalidade das verbas arrecadadas.
O deputado acaba de inventar o cartão de crédito anônimo. Porque é através do cartão de crédito que as doações são feitas e, querendo, a Justiça ou qualquer um poderá ver de onde veio o dinheiro.
Do meu bolso, inclusive.
A própria campanha avisa claramente: não aceita doação de empresas, apenas de pessoas físicas.
Se Caiado quiser, pode procurar cada uma das mais de dez mil pessoas que doaram, até agora, R$ 662 mil para a presidente possa se defender publicamente.
Ou torcer para que caia nas mãos de um destes procuradores bem imbecis, que concorde com ele e leve o caso aos tribunais. Vai ser lindo para a opinião pública mundial ver que no Brasil, empresas podem dar milhões na caixa-2 aos políticos, mas não se possa fazer uma coleta de tostões entre a população.
Caiado é pecuarista, mas não entende de vaquinha virtual.
Esta, inclusive, não pasta, senador.
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