Não é sério, mesmo.
Em qualquer país do mundo, neste momento, o presidente (atual e pretendente a futuro) Michel Temer estaria sendo duramente cobrado a esclarecer quais serão as “medidas impopulares” que disse que tomará “a partir de certo momento”.
Que medidas?
Que momento?
O momento, óbvio, é aquele em que veja confirmado o seu mandato sem voto.
As medidas, embora nem tanto, têm um cardápio antecipado pelo “programa do golpe” , o cardápio de maldades servido no tal “Ponte para o Futuro” com que Temer apresentou-se ao “eleitorado” empresarial: desvinculação das aposentadorias do mínimo, aumento da idade, perda de direitos trabalhistas da CLT e por aí vai, além dos cortes em saúde e educação implícitos no projeto de “metas orçamentárias”.
Mesmo aceitando os argumentos de quem acha isso necessário, como aceitar que seja tratado da base do “finja que não sabe”?
Pior ainda porque, até agora, em lugar de austeridade, o que se vê é uma explosão de gastos, depois de passar a ser virtude o que com Dilma era pecado: viva o “rombo salvador” de R$ 170,5 bi!
Só a Folha considerou digno de dar chamada – assim mesmo na economia, não na política – ao farto absurdo de um presidente da República dizer a empresários do agronegócio que virá arrocho logo depois de conseguir os votos para permanecer no cargo.
E ser, claro, efusivamente aplaudido, porque a impopularidade não será para os latifundiários da soja, da cana e do boi.
O Brasil é o único país do mundo onde a mídia aceita – quando não aplaude – um estelionato anunciado.
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