About Me

BVO-news.jpg

Caso "homem-bomba" no exame de ordem na Unijorge em Salvador -Bahia


'Homem-bomba' da Unijorge é liberado após depoimento

Ele estudou na instituição por seis anos e vai responder em liberdade; 3,4 mil deixaram de fazer Exame da Ordem na capital


Com informações do CORREIO

O bacharel Frank Oliveira da Costa vai responder em liberdade, por “provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto”. Ele foi enquadrado, segundo a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP), no artigo 41 da LCP - Decreto Lei nº 3.688 de 03 de Outubro de 1941:


Art. 41. Provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto:



Art. 41. Provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto:

Pena - prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.

Pena - prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.




Ele foi preso na tarde deste domingo depois de fingir estar com uma bomba e provocar pânico durante o exame da Ordem dos Advogados do Brasil, no campus da Unijorge, na Paralela.

A lei prevê também pena de 15 dias a seis meses de prisão ou multa.

O acusado prestou depoimento durante cerca de três horas no Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), na Pituba, neste domingo. Questionado sobre o motivo de ter ameaçado explodir bombas no prédio da Universidade, ele não respondeu a pergunta até ser confrontado com a informação de que a razão seria o fato de ter sido reprovado outra vezes no exame. 

“Positivo. Eu tentei 18 vezes, mas não consegui por causa do caixa 2 da OAB”, afirmou Frank de forma categórica. Ele assinou um Termo de Circunstanciado e foi levado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) e depois será liberado.

Em nota, a assessoria da Unijorge informou que Frank cursou Direito na Universidade há 10 anos, entre os segundos semestres de 2000 e 2006. "Seu histórico escolar é o de um aluno de conduta regular, sem qualquer registro de incidente durante o período de curso", diz a nota.

Depoimento de um juiz federal sobre o "homem bomba" da Unijorge:

Durval Neto
4 h
Sobre o "homem-bomba" no exame de ordem de hoje na Unijorge, alguns esclarecimentos que podem ajudar a compreender que se trata de um rapaz muito doente.
Há cerca de duas semanas, eu estava no plantão judicial e esse cidadão esteve no prédio dos Juizados Federais, insistindo em falar com o juiz. Como já eram mais de 19h e ele se mostrava visivelmente agressivo, a segurança me contactou sobre como proceder. Como é de praxe no plantão, solicitei ao diretor de secretaria que descesse para verificar qual seria o pleito de urgência e desse recibo no pedido. Porém o rapaz não falava coisa com coisa, gritava muito, negou-se a entregar sua petição ao diretor e queria a todo custo falar pessoalmente comigo, tendo a segurança barrado o acesso. Liguei então para a portaria e pedi para garantirem a ele que eu iria ler o pedido e que se fosse realmente urgente, despacharia imediatamente no plantão. Quando recebi o expediente dele, vi um texto totalmente desconexo, questionando o exame de ordem e outros pontos que não consegui compreender, mas sem qualquer urgência, até porque o exame ainda seria dali a duas semanas. Diante disso, encaminhei à livre distribuição. Eu soube que o pedido dele está tramitando normalmente.
Eis que, na tarde de hoje, recebo um telefonema de um amigo ligado à polícia e que estava acompanhando uma situação de um rapaz que se dizia estar portando explosivos na prova da OAB e exigia a presença de um juiz federal para se entregar. No mesmo momento, ligou-me o diretor de secretaria, dizendo que se tratava exatamente da mesma pessoa que dias antes havia entrado com o pedido no plantão contra a OAB.
Preocupado com a situação, já que o garoto ameaçava detonar o explosivo e a polícia especializada estava no local pronta para agir, podendo haver uma morte totalmente desnecessária, aceitei o pedido e a polícia veio me buscar para participar das negociações.
Chegando ao local, fui levado a uma sala onde o coronel Coutinho, comandante do BOPE, explicou-me que o jovem disse que somente se entregaria se um juiz federal assinasse uma "sentença" que ele havia elaborado, para com isso "provar" estar ele apto a exercer a advocacia. Me foi então apresentado um papel escrito pelo rapaz, de caneta, no qual ele colocou um espaço para assinatura com a indicação "juiz federal". Eu assinei e entreguei minha carteira funcional ao policial, para que o rapaz visse que era um juiz federal realmente ali. Então, o rapaz disse que inclusive tinha sido meu aluno e se entregou logo em seguida.
A polícia fez todo o procedimento técnico para averiguar se na mochila havia algum artefato e o resultado felizmente foi negativo.
Quero aqui registrar o meu testemunho de que a todo momento a PM da Bahia (BOPE) mostrou-se profissional e solidária com a preservação da vida humana. Mesmo havendo atiradores de elite postados no local, buscou-se a todo momento negociar com o suspeito e a minha presença lá se deu com esse intento. Felizmente a vida do rapaz foi preservada nessa confusão que ele causou.
Quero dizer também que fiquei bastante deprimido com o que vi. Um rapaz novo, mal vestido, abatido e que precisa de cuidados psiquiátricos. Na sua mochila nada havia além de pano velho, frutas (duas bananas nanicas) e balas de gengibre. Mas ele realmente portava um cinturão verde com alças, dando a impressão de conter bombas. Daí o pânico que gerou. Facebook

Testemunha filma clima de terror no entorno da Unijorge, onde um homem ameaça explodir o centro universitário. A prova da OAB que ocorreria no local neste domingo, 24, foi suspensa. 

Repórter Ana Paula narra clima de tensão da Unijorge


Postar um comentário

0 Comentários