247 – Em entrevista à revista Time, dos Estados Unidos, publicada nesta quarta-feira 27, a presidente Dilma Rousseff voltou a denunciar o "golpe parlamentar" no Brasil e ressaltar que convocará um plebiscito para a reforma política se voltar ao poder. Ela também disse estar convicta de que poderá reverter seu afastamento: "Estou convicta de que posso vencer".
"Estou sendo julgada por algo que não é crime. O que está acontecendo não é um golpe militar, mas sim parlamentar. É um golpe que está afetando as instituições, acabando com elas por dentro, contaminando-as. Acredito nesta luta, e ela requer armas. Vivemos em uma democracia, e respeitamos a democracia. A arma para enfrentar esta luta é o debate, a explicação e o diálogo", disse Dilma.
Sobre sua voltar ao poder, declarou: "é essencial que consigamos reformar o sistema político. Precisamos de um plebiscito, para que o presidente que assumir no dia 1º de janeiro de 2019 possa lidar com o país de uma maneira melhor. Ao mesmo tempo, temos um grande desafio, o Brasil precisa voltar a crescer e não de uma maneira que contrarie o interesse de milhões de brasileiros que saíram da pobreza e entraram na classe média."
Sobre a cerimônia de abertura da Olimpíada, voltou a dizer que não pretende comparecer em uma posição "secundária". "Eu sou presidenta eleita por 54 milhões e meio de votos. Eu não vou ficar nos Jogos Olímpicos numa situação extremamente injusta. Injusta, porque fui eu que fiz os Jogos Olímpicos, no meu governo".
Ela rechaçou ameaça pelo vírus Zika e disse que o evento não foi um erro para o Brasil, que está preparado para receber os atletas e os turistas. "Esta estrutura para as Olimpíadas não foram construídas ontem, nem anteontem. Ela passou por vários testes. Um deles foi a Copa do Mundo, e ficou claro que não houve problema algum", lembrou.
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