247 - Dando como certa a cassação do mandato de deputado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o Palácio do Planalto já começou a se envolver indiretamente na disputa pela sucessão do peemedebista na presidência da Câmara dos Deputados.
Segundo informações do Broadcast Político, numa articulação intermediada pelo líder do governo na Casa, André Moura (PSC-SE), o objetivo do Planalto é tentar unificar sua base aliada na Casa em torno de um candidato de consenso do PMDB, da antiga oposição (DEM, PSDB, PPS e PSB) e do Centrão - grupo de 13 siglas liderados por PP, PSD, PR e PTB.
Cada grupo quer emplacar seu representante como o nome de consenso. Da antiga oposição, aparecem os deputados Julio Delgado (PSB-MG), Hugo Leal (PSB-RJ), Heráclito Fortes (PSB-PI), José Carlos Aleluia (DEM-BA), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Antonio Imbassahy (PSDB-BA).
Já do chamado Centrão, demonstraram interesse os deputados Esperidião Amin (PP-SC); Rogério Rosso (PSD-DF); Jovair Arantes (PTB-GO); Fernando Giacobo (PR-PR) e Beto Mansur (PRB-SP).
Pelo PMDB, os deputados Sérgio Souza (PR) e Osmar Serraglio (PR), defendem a tese de que, pela regra da proporcionalidade, somente peemedebistas podem disputa a sucessão de Cunha. A sigla tem a maior bancada da Casa, com 66 deputados.
Segundo o Broadcast Político, André Moura informou aos líderes desses grupos da base aliada na Câmara que, caso não cheguem a um consenso, a cúpula do Planalto poderá interferir diretamente nas articulações, no futuro, para tentar garantir o consenso em torno de um candidato. O que contraria o discurso oficial do presidente Michel Temer, de que este é um assunto interno da Câmara e que não cabe ao governo se meter.
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