247 – Em negociação de delação premiada, a Odebrecht afirmou a procuradores da Lava Jato que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) cobrou propina em obras como o metrô e a reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014.
Benedicto Barbosa da Silva Júnior, ex-diretor-presidente da construtora, que foi preso em fevereiro por suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, teria dado detalhes da “contribuição a Cabral”.
Funcionário há mais de 30 anos da Odebrecht, ele deve incluir na delação outras obras como o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).
Além disso, segundo reportagem de Marina Dias, ele deve dizer que o ex-governador costumava cobrar da empreiteira o pagamento de 5% do valor total dos contratos das obras.
Ele teria sido beneficiário de R$ 2,5 milhões em propina pagos pela empresa em razão de obras da linha 4 do metrô do Rio.
Já a reforma do Maracanã, sede da final da Copa, foi orçada inicialmente em R$ 720 milhões, mas acabou custando mais de R$ 1,2 bilhão.
O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) disse, por meio de nota enviada pela sua assessoria, que manteve "relações institucionais" com a Odebrecht e que manifesta "indignação e repúdio ao envolvimento de seu nome com qualquer ilicitude" – leia aqui.
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