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Novo Ministro da Saúde desmonta controladoria do SUS. Possíveis desvios não serão apurados


Do Plantão Brasil

Sete dirigentes do Departamento de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus) foram exonerados nesta segunda-feira (6) pelo ministro interino da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR). A denúncia foi feita pelo site Viomundo que afirma que a decisão foi uma retaliação ao documento aprovado durante o congresso do Conselho Nacional dos secretários Municipais de Saúde (Conasems), em Fortaleza. Na ocasião, o ministro foi impedido de falar sob os gritos de golpista e uma sonora vaia.

Segundo a jornalista Conceição Lemes, o Denasus "é a cabeça do controle de todas as ações da saúde pública, inclusive contra a corrupção. Ao exonerar os dirigentes do DENASUS nos Estados, Ricardo Barros enfraquecerá o combate à corrupção na saúde", diz a matéria. Conceição comparou a exoneração massiva no órgão à extinção da Controladoria Geral da União (CGU).

A jornalista informou ainda que entre as ações do Denasus de forte repercussão estão o escândalo dos sanguessugas ou a máfia das ambulâncias e a denúncia de que estados como Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e o Distrito Federal descumpriam a Emenda 29, que destina verbas para a saúde. Em vez disso, os recursos eram aplicados no mercado financeiro.

"Em consequência, desassistindo ações vitais, como SAMU, Assistência Farmacêutica, Atenção Hospitalar, entre outras", explicou a jornalista. Para ela a atitude de Ricardo Barros "revela clara tentativa de desarticular serviços de auditoria, controle e combate à corrupção".

"Sinaliza também que o governo do "interino" Michel Temer visa desmontar o SUS e privatizar a saúde pública", completou.

As retaliações do governo Temer foram criticadas pelo presidente do Conselho Nacional de Saúde (CSN), Ronald Ferreira dos Santos. Ele comentou a exoneração de Kátia Souto, da assessoria do CNS, que foi publicada nesta segunda-feira.

O motivo da exoneração de Kátia foi de que ela teria coordenado os protestos contra o ministro da Saúde no congresso em Fortaleza. Ronald informou que o conselho tentará reverter a saída de Kátia.

"É a prática da caça às bruxas. É interferência na autonomia do conselho", declarou Ronald. "E não é real que a Kátia tenha coordenado essas iniciativas", completou.



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