247 - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta quarta-feira (22), ao Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Eduardo da Fonte (PE), conhecido como "Dudu da Fonte", por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
O ex-líder do PP na Câmara é acusado pelo Ministério Público de ter intermediado uma negociação entre o ex-presidente do PSDB e ex-senador Sérgio Guerra, que morreu em 2014, e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa para barrar, em 2009, as investigações da CPI da Petrobras no Senado.
A PGR teve acesso a um vídeo, gravado no Rio de Janeiro, em 21 de outubro de 2009, que mostra uma reunião entre Dudu da Fonte, Sérgio Guerra, Paulo Roberto Costa e empreiteiros da Queiroz Galvão e da Galvão Engenharia.
Um dos delatores da Lava Jato, Paulo Roberto Costa contou aos procuradores da República que, na conversa, o ex-presidente do PSDB pediu R$ 10 milhões para agir no sentido de que a CPI "não tivesse resultado efetivo". O dinheiro, segundo o ex-diretor da Petrobras, foi obtido com empresas que participavam do cartel que dividia entre si contratos da estatal do petróleo.
Integrante da bancada do PP na Câmara, Dudu, segundo os investigadores, tinha "pleno conhecimento" do esquema criminoso que atuava na Petrobras. O PP era o partido que bancava a permanência de Paulo Roberto Costa na diretoria da petroleira.
Na denúncia apresentado ao Supremo, o procurador-geral da República afirma que Dudu da Fonte participou "ativa e diretamente" da negociação e acerto do pagamento da propina para evitar investigações da CPI.
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