247 - O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, entrou em contato com o presidente interino Michel Temer logo após a divulgação do áudio em que ele critica o andamento da Operação Lava Jato feito pela Procuradoria Geral da República (PGR), na noite deste domingo (29), e instrui o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), diante da investigação.
De acordo com o portal G1, Temer teria considerado o caso de Silveira "menos grave" que o do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que foi gravado sugerindo a criação de um "pacto" para mudar o governo e "estancar a sangria" das investigações. Após o vazamento dos áudios, Jucá deixou o Ministério do Planejamento com apenas 12 dias à frente da pasta.
Ambas as conversas foram gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que fechou um acordo de delação premiada com a Justiça. A estratégia de Temer em relação a Silveira segue a mesma linha da de Jucá: aguardar os desdobramentos e a repercussão para só então tomar uma decisão quanto ao futuro do ministro.
Nesta segunda-feira (30), o Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon), que representa os servidores da extinta Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tesouro Nacional, cobrou, em nota, a "exoneração imediata" do ministro da Transparência. Os servidores tambémfizeram um protesto em frente à sede da CGU e impediram a entrada de Silveira no local.
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