Atualmente,
o número de pesquisas no Google pelo termo “Dilma Rousseff” cresce
vertiginosamente, a caminho de se tornar semelhante ao número de pesquisas no
período eleitoral de 2010, quando Dilma apareceu primeira vez, praticamente desconhecida
pela massa, como presidenciável.
As
buscas sobre temas pessoais e políticos de Dilma, em 2016, cresceram fortemente
no Google a partir de março. Entretanto, tais buscas já vinham intensas desde
2015. De lá para cá, o número de citações pelo nome de Dilma na internet
cresceu 37 vezes, se comparado ao mesmo período do mandato anterior.
Com
esse fenômeno, é possível enxergar também a grande inclusão digital alcançada
pela população brasileira nos últimos anos, com acesso à internet por diversos
dispositivos. Atrelado a isso, vê-se um maior empenho em buscar informações
para além de televisão, rádio e impresso. Em paralelo, é vistoso o maior
interesse pelas questões políticas, durante o efervescente cenário atual
brasileiro.
Os
termos “impeachment” e “Eduardo Cunha”, por exemplo, também cresceram
exponencialmente nas buscas do Google. Chegaram a registrar 10 vezes mais
buscas que o nome de Dilma durante o mês de abril de 2016. Já o termo “Michel
Temer”, que sempre teve irrisório número de buscas no Google durante os últimos
anos, continuou sem grande destaque, crescendo um pouco na primeira metade de
maio, porém sem alarde. Quem teve a grande queda foi realmente o termo “Aécio
Neves”, de um alto volume de buscas durante o período eleitoral de 2014, desceu
a ponto de ser menos buscado que o termo “Michel Temer”.
Além
do Brasil, os países que mais pesquisam pelo nome de Dilma no Google são
Venezuela, Argentina, França, México e Estados Unidos. Dentro do Brasil, os
estados que mais buscam Dilma Rousseff são Roraima, Acre, Amapá, Tocantins,
Rondônia, Piauí e Distrito Federal. Uma hipótese para explicar esse
acontecimento regional é haver, junto ao aumento de interesse político, também
a preferência de acesso à informação via internet, devido à dificuldade de
acompanhamento da mídia tradicional por causa de fuso horário.
E
o Lula? Talvez alguns perguntem. Em 2016, os termos que envolvem o nome de Lula
já tiveram um volume de buscas no Google maior que os termos impeachment,
Michel Temer, Eduardo Cunha, Aécio Neves e até Dilma Rousseff. Se ela não caiu,
o ex-presidente tampouco.
As
estatísticas acima foram analisadas com base nos dados fornecidos pelo próprio
Google. Não fazem distinção de sentimento - se positivo, negativo ou neutro -,
apenas de número de buscas. Entretanto, não podem ser desprezados. Isso porque,
se a população está buscando, o que aparecerá no Google sobre a reputação do
político pesquisado? Significa que corrida começou.
W.
Gabriel
wgabriel@wgabriel.net
Mestre
em marketing, professor e consultor de marketing em mídias digitais
Fonte:
opovo
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