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O balanço dos áudios de Machado. Jucá afunda, Renan se safa, Sarney não existe POR FERNANDO BRITO


O veterano e espertíssimo jornalista Luís Costa Pinto, em seu Facebook, registra com perfeição a situação de Renan calheiros após a divulgação das gravações feita pelo ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado:
“Raros, escassos, quase nenhum homem público resistiria ao ardil montado por um amigo gravando-o e puxando temas espinhosos. Renan sai liso e sorridente desses diálogos. Incrível, mas é a prova de que há raposas felpudas cujos pelos crescem ainda mais na adversidade”. 
Ao mesmo tempo em que se torna óbvio o reconhecimento desta habilidade em Renan, fica algo de estranho no comportamento de  Machado.
Repare que a conversa dele com seus interlocutores jamais desce aos negócios que teria feito com a cúpula do PMDB. Nenhuma referência ao negócios que teria feito com eles, embora seja quase certo que haverá, na ainda secreta delação premiada.
A mídia, porém, preferiu dar manchetes à posição de Renan contrária às delações premiadas feitas por pessoas em regime de prisão. Deu tom de crime a opinião, porque passou a ser crime não louvar a ideia medieval de confissão mediante coação e não por reparos a que a alcaguetagem, verdadeira ou falsa – possa tornar-se chave de cadeia para criminosos.
A Lava Jato tem de ser mantida sacrossanta e intocável, porque disso depende o trunfo que pensam lançar à mesa se e quando necessário: a prisão de Lula e sua inelegibilidade.
Já Jucá vai ter de se conformar em ser uma espécie de sub-Eduardo Cunha. Mas sub, sub, mesmo, porque volta miúdo para o Senado, tendo de ver Renan seguir cantando de galo, enquanto Cunha, sem que o deixem voltar para a Câmara, de galo a cantar continua.
Ah, sim, o Sarney. Sarney é nota de pé de página na política. Só percebe quem presta muita atenção.

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