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CAI FABIANO SILVEIRA, A SEGUNDA BAIXA DE TEMER EM 17 DIAS DE GOVERNO



247 - O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, não aguentou a pressão e entregou na noite desta segunda-feira (30) a carta de demissão do cargo.
A decisão do ministro foi tomada após a enorme repercussão negativa da divulgação de sua conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na qual ele criticou a condução da Operação Lava Jato pela Procuradoria Geral da República (PGR). A conversa foi gravada por Sérgio Machado e divulgada na noite de ontem pela Globo.
Temer havia avaliado inicialmente que o caso de Fabiano Silveira era “menos grave” que o do senador Romero Jucá (PMDB-RR), também flagrado em gravações de Machado sugerindo um "pacto" para barrar a Operação Lava Jato. Em razão da repercussão negativa dos áudios, Jucá teve de deixar o comando do Ministério do Planejamento na semana passada.
Durante toda esta segunda-feira, servidores do Ministério da Transparência (antigo CGU) protestaram contra a permanência de Fabiano Silveira. A Globo produziu um editorial pedindo a cabeça do agora ex-ministro. Alguns chefes do ministério nos Estados haviam pedido demissão.
A Transparência Internacional, organização não-governamental de combate à corrupção em todo o mundo, divulgou nota pedindo a exoneração do ministro. A entidade disse que suspenderia os contatos com a pasta "até que uma apuração plena seja realizada e um novo ministro com experiência adequada na luta contra a corrupção seja nomeado".

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