Um dia após pregar fracasso do possível governo do vice-presidente Michel Temer, seu correligionário, o vice-líder do governo no Senado Hélio José (PMDB) anunciou nesta sexta-feira (22) que votará pela admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"Eu já deixei claro que a questão da admissibilidade do processo e, consequentemente, a questão do nosso presidente Temer, presidente nacional do nosso Partido, assumir por 180 dias é, praticamente, na minha visão, normal nessa circunstância. Na comissão de admissibilidade, serei pela admissão do processo", disse Hélio José, suplente na comissão especial que analisa o relatório do deputado Jovair Arantes (PT-GO) favorável ao impedimento de Dilma.
Outro vice-líder do governo, Wellington Fagundes (PR-MT) também adianta seu voto na comissão.
"Vamos votar sim pela admissibilidade, porque politicamente o país já está maduro para isso. A população se manifestou e, felizmente, não tivemos nenhum incidente. Não tivermos morte, ou seja, a democracia está funcionando plenamente no país. Os poderes estão funcionando plenamente", disse Fagundes, que é titular na comissão que analisará o processo.
Já são 15 os senadores que se declararam a favor e apenas cinco contrários ao processo. O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) tinha se declarado a favor, mas como foi indicado para presidir o colegiado pediu para que seu status fosse alterado para "indeciso".
Os dois vice-líderes do governo que discursaram nesta sexta-feira ressaltaram que o voto deles não antecipa o posicionamento deles quanto à condenação de Dilma ao final do processo.
Fonte: 247
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