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MINISTRO DA JUSTIÇA DE TEMER CRITICA DELAÇÕES


247 Principal nome cotado para a ser ministro da Justiça de um eventual governo de Michel Temer (PMDB), o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira faz uma dura crítica ao sistema de delações premiadas da Lava Jato.
"Na tortura, fala-se mais depressa porque a pessoa está apanhando, mas fala. Na delação, demora mais um pouco, mas acaba falando também”, diz ele em entrevista à ‘Folha de S. Paulo’. "Sou contra a delação nesses termos e, especialmente, a delação do preso. Quem está detido não tem vontade, a vontade é sair da cadeia. A lei fala efetividade e voluntariedade [do acusado]", disse.
Mariz também afirma que a Polícia Federal deve ter outros focos além do combate à corrupção. “O crime organizado está tomando conta do país e as polícias estaduais não dão conta".
Diz, porém, que é uma “irracionalidade acreditar que o presidente da República ou o ministro da Justiça possam interferir no andamento da operação”. "O que eu, ministro, posso fazer com a Lava Jato? Ligar para [o juiz] Sergio Moro e dizer: 'Olha, não faça isso, não faça aquilo'? Ele me dá voz de prisão em flagrante".
Advogado do vice, afirma que “não há indícios de crime” nas citações a ele na Lava Jato. Temer foi acusado por Delcidio do Amaral de ter apadrinhado diretores da Petrobras e da BR Distribuidora, presos por envolvimento no esquema de corrupção (leia aqui).

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