A
charge do sempre genial Aroeira, desta vez, foi injusta.
Injusta
com Pôncio Pilatos, bem entendido.
Porque
até ele, dizem versões, ficou perplexo
com a decisão da turba de que Jesus Cristo deveria ser executado e Barrabás,
poupado.
Por
isso, Pilatos procurava um meio de libertá-lo, mas os judeus gritavam: “Se o
senhor libertar esse homem, não é amigo de César. Todo aquele que se faz rei
fala contra César. (João, 19:12)
O
STF, ao contrário de Pilatos, dá ao salteador Eduardo Cunha o poder de, ele próprio, julgar e
condenar Dilma Rousseff.
Como
Pilatos, porém, deve estar preparado para o que o romano acabaria fazendo,
pouco tempo depois: o suicídio.
Como
irá explicar à opinião pública quando, amanhã, absolver Cunha para não cair em
desgraça com o imperador?
Estamos
a 15 dias da destituição de fato de um governante eleito.
E
os seus integrantes só se mostram indignados quando se fala em golpe.
Nunca
quando se fala no fato de que ele foi posto em marcha por um rematado vilão
que, há mais de três meses, teve seu afastamento da presidência pedido e que
nem sequer examinado foi?
Sem
contar o processo na Comissão de Ética, que vai para mais de seis meses e
continua na estaca zero, pronto para ser “melado” nos próximos dias.
Não,
Aroeira, Pilatos não merece esta comparação de sua charge.
Ele
lavou as mãos sem que isso as livrasse da sujeira do sangue derramado.
Estes
senhores nem as mãos lavam.
Fonte:
tijolaco
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