Em
nota, o BNDES contesta as declarações da advogada Janaína Paschoal à comissão
que discute o impeachment na Câmara: "O BNDES lamenta a demonstração de
falta de informação e as ilações incorretas em relação ao banco feitas durante
o depoimento"; segundo a nota, o BNDES não envia recursos para fora do
país e não possui operações sigilosas
Em
nota, o BNDES contesta as declarações da advogada Janaína Paschoal à comissão
que discute o impeachment na Câmara:
O
BNDES lamenta a demonstração de falta de informação e as ilações incorretas em
relação ao Banco feitas durante o depoimento de ontem da advogada Janaína
Paschoal à comissão especial da câmara que analisa pedido de impeachment. Em
função disso, o Banco gostaria de esclarecer, ponto a ponto, as afirmações
feitas por ela:
“Por
meio do BNDES foi mandado dinheiro para Angola, foi mandado dinheiro para Cuba
e para outros países.”
O
BNDES não envia recursos para fora do país. Os desembolsos de seus financiamentos
a exportação são realizados no Brasil e em reais, após a comprovação por meio
de documentos de que a exportação dos bens ou serviços correspondentes foi
efetivamente realizada.
“No
primeiro momento eu acreditava que era uma questão ideológica (o envio de
recursos), muito embora eu não aceitasse o sigilo. Eu não entendia por que
essas remessas eram feitas sob sigilo.”
BNDES
não possui operações sigilosas. Todas as operações, inclusive aquelas
referentes aos créditos destinados a apoiar exportações de bens e serviços
brasileiros em obras de engenharia em Cuba e Angola, estão disponíveis para
consulta por qualquer cidadão por meio do site do Banco. Não há remessas de
recursos para o exterior. Pelo contrário: o BNDES desembolsa em reais, no
Brasil, e recebe dólares como pagamento pelos empréstimos, que contribuem para
o saldo comercial de nosso país.
Os
critérios para a realização de operações não são ideológicos. O Banco já deu
suporte financeiro a vendas para 45 países e o principal destino das exportações
financiadas pelo BNDES são os EUA. A concessão de crédito é condicionada à
análise técnica e aprovação por órgãos colegiados. A legislação que dá suporte
aos financiamentos à exportação é da década de 90 e a governança tem-se
mostrado eficiente, já que inadimplência dos financiamentos é simplesmente
nula. No final da década em questão, o BNDES realizou a primeira operação de
apoio a exportação de ônibus para Cuba.
“Coincidentemente,
as empresas envolvidas na Lava-Jato foram prestar serviços nesses países.
Coincidentemente, o marqueteiro que serviu a presidente e agora está preso foi
prestar serviços nesses países.”
A
insinuação de envolvimento do Banco em práticas irregulares não tem fundamento.
O BNDES presta contas de suas atividades a todos os órgãos de controle do
Estado brasileiro e tem colaborado de maneira diligente todas as vezes em que
informações da instituição são requisitadas por autoridades.
“Eles
acreditam (...) que o BNDES é deles, tanto é que só os amigos foram agraciados
nesses anos todos.”
O
BNDES realiza cerca de 1 milhão de operações de crédito todos os anos, 97%
delas para micro, pequenas e médias empresas. O Banco está aberto a analisar
projetos de todas as empresas idôneas, com classificação de risco aceitável e
que cumpram obrigações fiscais e trabalhistas. Os critérios para a concessão de
crédito pelo BNDES são técnicos e impessoais, envolvendo órgãos colegiados. Os
recursos do Banco são disponibilizados para o conjunto do setor produtivo
brasileiro. A demonstração de que o apoio do Banco é concedido de maneira ampla
é que das 100 maiores empresas do país, 91 foram apoiadas pelo banco; das 1000
maiores, 783 receberam recursos.
Fonte:
brasil247
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